Um estudo da Universidade da Carolina do Norte analisou mais de 1,5 milhão de movimentos de animais de produção entre propriedades ou destino final dos últimos quatro anos. O dado foi utilizado para estimar as unidades produtivas por onde ocorre o maior número de ingressos e saídas de bovinos, suínos e pequenos ruminantes. A informação é resultado do trabalho realizado pela Universidade da Carolina do Norte (NCSU) através de convênio com o Fundesa e a SEAPDR. “A partir deste dado, podemos calcular de que forma ocorre a disseminação das enfermidades e trabalhar preventivamente nas propriedades com maior movimentação e risco de espalhamento de doenças”, explica o pesquisador da NCSU, Gustavo Machado. Os dados foram apresentados em reunião do pesquisador com representantes dos Conselhos Técnicos Operacionais do Fundesa-RS e da Secretaria da Agricultura, nesta quarta-feira (31).
O resultado da pesquisa, que entrou na terceira fase, já vem sendo utilizado pelas equipes da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para aumentar a vigilância em locais mais sensíveis. “Estamos colhendo frutos deste aperfeiçoamento tecnológico, que atualmente só está disponível no Rio Grande do Sul”, explica o coordenador da Divisão de Controle e Informações Sanitárias do Departamento de Defesa Agropecuária, Francisco Lopes.
Além de permitir uma prevenção mais efetiva, os dados gerados pela NCSU contribuem também para calcular o impacto econômico de uma eventual reintrodução da febre aftosa em território gaúcho. Os dados mostram que, caso seja detectado um caso e nada seja feito, em 30 dias, o prejuízo de custo direto poderia chegar a US$ 10 milhões. É por isso que a conscientização do setor produtivo sobre a notificação de suspeita é tão importante. “É a partir da notificação que o Serviço Veterinário Oficial tem capacidade de reação – em menos de 24 horas. Uma intervenção rápida permitiria uma resução consiuderavel dos danos”, explica o chefe da Divisão de Sanidade Animal da Secretaria, Fernando Groff.
O presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber, pontuou que todas as cadeias que envolvem animais suscetíveis à febre aftosa precisam estar atentas a sintomas compatíveis e informar as autoridades sanitárias. “Existem muitas doenças que têm as mesmas características, por isso é fundamental que o produtor notifique as inspetorias veterinárias para descartar suspeitas ou tomar as medidas cabíveis. Cada um precisa fazer a sua parte”, destaca.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50