Porto Alegre, 19 de outubro de 2022 – Os avanços sociais e ambientais com a adesão ao
Protocolo Agroambiental Etanol Verde, em 2007, pelo setor sucroenergético e, consequentemente, a
mudança na forma de produção com a mecanização das lavouras. Esses foram os temas apresentados
pelo diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Eduardo
Leão, e a coordenadora de Sustentabilidade, Renata Camargo, durante painel na Bonsucro Global Week,
realizada em Ribeirão Preto (SP).
A adesão voluntária de usinas e produtores de cana-de-açúcar ao protocolo representou a
antecipação em 7 anos do fim do uso do fogo como método pré-colheita. Saímos de um cenário com
fogo para outro completamente diferente, mudando o nosso perfil de produção. E o sucesso do
protocolo podemos ver nos números alcançados nos últimos 15 anos. Reduzimos a emissão de
poluentes e outros gases, pois não há queima, além de investirmos em projetos de proteção ou
recomposição de mais de 250 mil hectares de mata ciliar com o cultivo de mais de 50 milhões de
mudas de vegetação nativa, destacou a coordenadora de Sustentabilidade da Unica, Renata Camargo.
Mudar a forma de produção também trouxe como desafio a necessidade de requalificação e
treinamento dos cortadores de cana. Para reduzir o impacto social dessa mudança, o setor em
parceria com representantes dos trabalhadores desenvolveu o projeto #RenovAção. A mecanização
das lavouras representou uma revolução na forma de se trabalhar no setor. Precisamos qualificar
profissionais para operar as colhedoras, mecânicos, eletricistas, mas também oferecemos, de acordo
com a demanda de cada região, a oportunidade para que eles e a comunidade desenvolvessem novas
habilidades para trabalho fora do setor. Ao final, mais de 200 mil pessoas foram beneficiadas pelo
projeto, explicou o diretor executivo, Eduardo Leão.
Esse trabalho de requalificação representou uma melhora significativa na qualidade do
trabalho, em média, o ganho salarial foi superior a 60%, mais de 80% dos trabalhadores foram
realocados nas usinas. Isso foi possível com o engajamento da cadeia produtiva e dos trabalhadores,
uma ação conjunta que amplifica os resultados positivos do Protocolo Agroambiental, ressaltou
Leão.
Além dos representantes da Unica, participaram também do painel, que abordou as
transformações pelas quais o setor passou nos últimos anos, a superintendente adjunta de
Biocombustíveis e Qualidade de Produtos da ANP, Danielle Machado S. Conde, o diretor executivo do
Fórum Nacional Sucroenergético, Roberto Hollanda Filho, e o vice-presidente da Orplana, Bruno
Rangel Geraldo Martins.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45