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ETANOL: Governo reduz competitividade em sinal contrário à demanda crescente da Europa, diz Raízen

16 de setembro de 2022
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Porto Alegre, 16 de setembro de 2022 – Com cerca de 85% da sua energia elétrica vindo de fontes
renováveis, o Brasil está deixando de aproveitar sua vantagem competitiva no setor por uma imagem
desgastada no exterior e medidas de política econômica que vão na contramão das indicações
globais. Essa é a avaliação de Paula Kovarsky, vice-presidente de estratégia e sustentabilidade
da Raízen.

“Enquanto a Europa está pagando muito dinheiro pelo nosso etanol, não só porque está
faltando energia, mas porque é renovável, temos uma situação em que o governo fez um ajuste para
reduzir preços de combustível através de redução de impostos, diminuindo a competitividade
[interna] do etanol em relação ao combustível fóssil”, diz Kovarsky. “É como se estivesse indo
na direção oposta. É um sinal ruim do governo”, afirma.

“Nós temos uma posição muito forte, porque temos a nossa produção de etanol dentro de casa,
o Brasil é exportador de alimento, no fim das contas, a gente consegue, mais ou menos, se defender
de algumas questões. Mas a gente não pode querer desconectar os preços brasileiros do
internacionais”, acrescenta Kovarsky, observando que é preciso estabilidade regulatória e
macroeconômica para que investimentos sejam feitos.

A Raízen tem expandido sua atuação em biocombustíveis, como o biogás e o biometano. “Temos
ambições de ampliar esse portfólio de produtos renováveis que têm um valor enorme aqui fora,
que é um mercado que está pagando por isso, para que a gente possa extrair cada vez mais energia
de um mesmo hectare e remunerar essa nossa origem lá na cana-de-açúcar”, explica Kovarsky.

A imagem do Brasil no exterior, por sua vez, acaba afetando, em alguma medida, a precificação
da energia exportada. “Estamos conseguindo vender etanol de segunda geração por duas vezes o
preço do etanol aqui. Mas quando a gente olha a forma como a Califórnia, por exemplo, calcula o
crédito de carbono do etanol, a gente poderia melhorar isso, com mais dados, se a gente tivesse uma
certificação que fosse melhor entendida e reconhecida”, diz Kovarsky. “E eu acho que parte dessa
desconfiança, no fim do dia, vem porque estamos com um ‘track record’ [histórico] que não é o
melhor”, afirma.

“A gente precisa melhorar a nossa imagem aqui fora, parar de fazer o que não pode fazer, que é
desmatar a Amazônia, aumentar emissões, porque tem o impacto de reduzir as emissões em si, mas
tem também o impacto de reconstruir uma imagem do Brasil que, aqui fora, está muito desgastada”,
diz.

As informações partem do Valor Econômico.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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