Porto Alegre, 21 de setembro de 2022 – Representantes da Embrapa participaram da missão
técnica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis — ANP, com o governo
norte-americano e representantes da cadeia de produção de etanol, ocorrida de 7 a 16 de setembro.
A missão também contou com representantes do Ministério de Minas e Energia (MME).
Os pesquisadores Marcelo Morandi e Marília Folegatti da Embrapa Meio Ambiente representaram a
Empresa.
O objetivo da missão foi o entender o funcionamento da cadeia de produção do etanol de milho
nos Estados Unidos, com vistas à certificação desse biocombustível na RenovaBio, a política
brasileira de biocombustíveis, uma vez que o programa pode certificar tanto os produtores nacionais
como os importadores.
Foram dez dias de intensas reuniões com todos os elos da cadeia de produção de etanol de
milho nos EUA, além de interações com agências e órgãos de governo daquele país. Houve
também visitas e discussões técnicas com representantes do governo americano (USDA e secretarias
de agricultura dos estados de Illinois e Missouri), de associações de produtores de milho,
sistemas de armazenamento e logística dos grãos, usinas de etanol e academia, com destaque para o
Argonne, laboratório responsável, nos Estados Unidos, pelo Greet – referência para a intensidade
de carbono de biocombustíveis para as políticas americanas.
As discussões buscaram compreender a cadeia de produção do etanol de milho americano
exportado para o Brasil, bem como a sua possibilidade do cumprimento da regulamentação da
RenovaBio, para acesso a créditos de descarbonização. Para tal, foram levantadas informações
que permitissem a compreensão da cadeia produtiva nos EUA, com foco em dois eixos principais: o
primeiro sobre critérios de elegibilidade (rastreabilidade da biomassa geradora do biocombustível
e o cumprimento da legislação ambiental referente, principalmente, a não supressão de
vegetação nativa e, segundo ponto: acesso aos dados dos sistemas de produção de biomassa (fase
agrícola) e na fase indústria de produção de etanol, assim como os controles de exportação
para o Brasil.
Segundo Morandi, os encontros foram muito proveitosos para entendimento de como se organizam as
cadeias produtivas e as regulações ambientais e produtivas. “Há empresas americanas iniciando
processos de certificação para adesão ao Programa e acesso a créditos de descarbonização
(CBIO), aumentando a oferta destes ativos para cumprimento das metas previstas no RenovaBio. Assim,
o objetivo central das reuniões foi discutir a rota do etanol de milho americano, já presente na
estrutura do programa RenovaBio e na RenovaCalc”, reforça.
Foram buscadas equivalências legais e documentais, para garantir a verificação do cumprimento
da regulamentação do RenovaBio, mantendo o tratamento isonômico entre produtores de
biocombustíveis americanos e brasileiros.
Segundo Marília Folegatti, “todos os pontos de dúvida do GT RenovaBio foram esclarecidos. Por
outro lado, várias demandas do setor produtivo americano, apresentadas formalmente a esse Grupo de
Trabalho foram atendidas. Essas demandas incluíam a revisão dos perfis de produção típico e
padrão do milho americano, na RenovaCalc, para melhor representação daquela realidade. Também
essa demanda foi atendida a contento das partes” disse.
A Agência agora prepara as ações para viabilizar o processo de certificação para
importadores de biocombustíveis e, para esse propósito, a visita serviu para agregar conhecimento
técnico mais aprofundado sobre a realidade da produção norte-americana de Etanol.
As informações partem da assessoria de imprensa da Embrapa.
RenovaBio: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45