Porto Alegre, 22 de setembro de 2021 – Em decisão unânime, o Comitê
Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o
banco central norte-americano) manteve a taxa de juros na faixa entre zero e
0,25% ao ano e seguiu com a compra de ativos em pelo menos US$ 120 bilhões
mensais. No entanto, o comitê apontou que a economia vem progredindo em
direção aos seus objetivos e que, portanto, deve moderar o ritmo das compras
em breve.
“O Comitê decidiu manter a taxa de juros entre zero e 0,25% ao ano e
espera que seja apropriado manter essa faixa até que as condições do mercado
de trabalho tenham alcançado níveis consistentes com as avaliações do
Comitê de emprego máximo e inflação tenha acelerado para 2% e está a
caminho de exceder moderadamente 2% por algum tempo”, diz o comunicado.
Na decisão, o comitê deixa claro que pretende manter a acomodação até
que seu mandato duplo – pleno emprego e estabilidade de preços – seja
alcançado.
“O Comitê busca atingir o máximo de emprego e inflação à taxa de 2%
no longo prazo. Com a inflação persistentemente abaixo dessa meta de longo
prazo, o Comitê terá como objetivo atingir a inflação moderadamente acima de
2% por algum tempo, de forma que a média da inflação seja de 2% ao longo do
tempo e as expectativas de inflação de longo prazo permaneçam bem ancoradas
em 2%. O Comitê espera manter uma postura acomodatícia da política monetária
até que esses resultados sejam alcançados”, diz o comunicado.
Sobre a compra de ativos, o Fomc seguiu com a orientação de que
permanecerá em pelo menos US$ 120 bilhões mensais, sendo US$ US$ 80 bilhões
em títulos do Tesouro e US$ 40 bilhões em hipotecas. O comitê, no entanto,
destacou que a economia norte-americano vem avançando em direção aos seus
objetivos. Portanto, caso o progresso econômico no país continue de forma
ampla, o Fed deve reduzir o ritmo de compra de ativos, tornando-o moderado, em
breve.
“Em dezembro passado, o Comitê indicou que continuaria a aumentar suas
posses de títulos do Tesouro em pelo menos US$ 80 bilhões por mês e de
títulos garantidos por hipotecas de agências em pelo menos US$ 40 bilhões por
mês até que um progresso substancial tenha sido feito em direção aos seus
objetivos de emprego máximo e de estabilidade de preços. Desde então, a
economia avançou em direção a essas metas. Se o progresso continuar como
esperado, o Comitê julga que uma moderação no ritmo de compras de ativos pode
ser necessária em breve”, afirma o comunicado.
Segundo o comitê, essas compras de ativos ajudam a promover o
funcionamento regular do mercado e condições financeiras acomodatícias,
apoiando assim o fluxo de crédito para famílias e empresas.
O mercado esperava ansiosamente por alguma declaração em relação ao
ritmo de compra de ativos do Fed, já que alguns membros do banco central –
inclusive o próprio presidente, Jerome Powell, em seu discurso no simpósio de
Jackson Hole – indicaram que as aquisições poderiam começar a ser reduzidas
no fim do ano com a recuperação da economia norte-americana. Analistas
consultados pela Agência CMA já haviam adiantado que o aviso de moderação no
ritmo de compras viria esse mês, mas esperam a redução apenas no fim do ano.
Como em todas as suas decisões, o Fomc indicou que está pronto para
ajustar sua política caso surjam riscos às perspectivas econômicas e que
continuará a levar em consideração dados e uma série de informações, entre
elas financeiras e de saúde.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS
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