Porto Alegre, 16 de agosto de 2023 – Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na
sigla em inglês) ainda temem que a inflação permaneça alta demais, mas estão mais cautelosos
quanto aos efeitos colaterais de um aperto monetário muito forte, informou a ata da última
reunião do grupo, realizada entre 25 e 26 de julho.
Para o Fomc, ainda há riscos altos para a inflação, como encarecimento de commodities e
demanda persistentemente forte. Ao mesmo tempo, no mercado de trabalho, a procura e a oferta de mão
de obra estão ficando mais equilibradas, apesar da contínua criação de vagas.
Por isso, a maioria dos membros decidiu pelo aumento de 0,25 ponto percentual (pp) na faixa da
taxa básica de juros dos Estados Unidos, elevando-a para 5,25% e 5,5%, a mais alta em 22 anos.
No entanto, a ata destacou que alguns participantes do Fomc gostariam de manter a taxa
inalterada em 5,0% e 5,25%, ou que poderiam votar a favor dessa decisão se proposta.
“Eles julgaram que manter o atual grau de restritividade neste momento provavelmente resultaria
em mais progresso em direção às metas do Comitê, ao mesmo tempo em que permitiria ao Comitê
avaliar melhor esse progresso”, explica o documento.
Nessa mesma linha de raciocínio, alguns membros começaram a ponderar mais sobre os efeitos do
aperto acumulativo junto com condições de crédito mais restritas.
“Vários participantes julgaram que, com a postura da política monetária em território
restritivo, os riscos para o cumprimento das metas do Comitê se tornaram mais bilaterais, e é
importante que as decisões do Comitê equilibrem o risco de um aperto inadvertido da política
contra o custo de um aperto insuficiente”, aponta a ata.
Com isso, o Fomc destacou que deve fazer suas decisões baseadas em dados a cada reunião.
“Eles observaram que a incerteza sobre as perspectivas econômicas permanecia elevada e
concordaram que as decisões políticas em reuniões futuras deveriam depender da totalidade das
informações recebidas e suas implicações para as perspectivas econômicas e inflação, bem como
para o balanço de riscos”, diz o texto.
Para os participantes, os dados que devem chegar nos próximos meses irão ajudar “a esclarecer
até que ponto o processo de desinflação continua e se os mercados de produtos e trabalho estão
alcançando um melhor equilíbrio entre demanda e oferta”. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50