EUA: Negociações com China terminam sem progresso

São Paulo, 24 de agosto de 2018 – As negociações comerciais entre a
China e os Estados Unidos não resultaram em nenhum progresso aparente,
reduzindo as expectativas por um acordo em breve, segundo pessoas informadas
sobre o encontro e ouvidas pela agência de notícias “Dow Jones”.

Os dois lados repetiram tópicos tratados anteriormente, dizem as fontes.
Os chineses não pareceram dispostos a oferecer novas soluções para a
reclamação do governo de Donald Trump de que o déficit comercial dos Estados
Unidos com Pequim é alto demais, ou para a acusação de que a China força
empresas norte-americanas a transferirem tecnologia para parceiros chineses.

Os dois lados “trocaram opiniões sobre como atingir uma relação
econômica justa, equilibrada e recíproca, inclusive por meio da solução de
problemas estruturais na China”, disse a Casa Branca, acrescentando que o time
norte-americano informará os escalões superiores do governo sobre os
resultados.

Segundo as fontes, o comunicado da Casa Branca é significativo também
pelas coisas não ditas. Não se discutiu a continuidade das conversas ou
qualquer conquista. “Para ter um resultado positivo a partir destes
encontros”, os chineses precisam resolver as questões levantadas pelos Estados
Unidos, disse um funcionário sênior do governo norte-americano familiarizado
com o assunto. “Ainda não vimos isso acontecer”.

Em comunicado, o Ministério do Comércio da China afirmou que os dois
lados tiveram conversas “francas e construtivas” e continuarão em contato
para definir os próximos passos. As reuniões desta semana, lideradas pelo
subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos, David Malpass, e pelo
vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, tinham como objetivo dar o
pontapé inicial para discussões entre escalões superiores, que poderiam
encerrar o impasse.

Se tudo corresse bem, um acordo comercial poderia ser finalizado em
novembro, após a eleição do Congresso dos Estados Unidos, num encontro entre
Trump e o líder chinês Xi Jinping.

As informações são da agência CMA.

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