O mercado brasileiro de carne suína encerra o mês de maio com um cenário bastante positivo em termos de negócios e preços. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o quadro de disponibilidade interna ajustada, por conta do direcionamento da produção para o mercado externo, contribuiu para um consistente aumento das cotações, tanto no suíno vivo quanto nos cortes negociados no atacado.
Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil ficou em R$ 4,21 na quinta-feira (30), subindo 10,06% frente aos R$ 3,82 praticados no encerramento de abril. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 7,56, alta de 3,94% frente aos R$ 7,20 praticados no fechamento do mês anterior. A carcaça registrou um valor médio de R$ 6,86, avançando 8,08% frente ao preço praticado no encerramento de abril, de R$ 6,34.
Maia acredita que as exportações devem apresentar crescimento bem significativo no fechamento deste mês, puxado especialmente pela China, talvez quebrando o recorde histórico registrado em setembro de 2016, quando o país embarcou 71,5 mil toneladas de carne suína.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 115,1 milhões em maio (17 dias úteis), com média diária de US$ 6,8 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 51 mil toneladas, com média diária de 3 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.258,20.
Em relação a abril, houve alta de 28,8% na receita média diária, ganho de 23,3% no volume diário e avanço de 4,4% no preço. Na comparação com maio de 2018, houve aumento de 71,3% no valor médio diário exportado, incremento de 53,6% na quantidade média diária e ganho de 11,5% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 92,00, avanço frente aos R$ 81,00 registrados no fechamento de abril. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 3,30 para R$ 3,50. No interior a cotação no estado subiu de R$ 3,95 para R$ 4,45. Em Santa Catarina o preço do quilo na integração aumentou de R$ 3,30 para R$ 3,50. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 4,10 para R$ 4,50. No Paraná o quilo vivo avançou de R$ 4,00 para R$ 4,40 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo passou de R$ 3,53 para R$ 3,55.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração avançou de R$ 3,30 para R$ 3,50, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 3,45 para R$ 3,70. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 4,20 para R$ 4,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno vivo passou de R$ 4,20 para R$ 5,00. No mercado independente mineiro, o preço foi elevado de R$ 4,20 para R$ 5,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 3,62 para R$ 3,75. Já na integração do estado a cotação aumentou de R$ 3,30 para R$ 3,45.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50