O Brasil exportou 42.623 toneladas de carne suína em abril e obteve uma receita de US$ 118,66 milhões, um aumento de 19,66% em volume e de 19,74% em valor, na comparação com o mesmo mês de 2013. O preço médio, no período, manteve-se estável (0,07%).
“O crescimento das vendas externas em abril já era esperado. Nossa expectativa é que isso ocorra também em maio e junho, pois a Rússia, nosso principal importador, habilitou vários frigoríficos, recentemente, o que deve elevar nossas vendas”, diz Francisco Turra, presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“A nova entidade, constituída em 24 de março, resultado da união da Ubabef (aves) e da Abipecs (suínos), acompanha os efeitos no mercado internacional da ocorrência da Diarreia Epidêmica Suína (PEDv) na América do Norte e em partes da Ásia”, comenta Turra.
Na semana passada, o Rabobank informou que a enfermidade poderá reduzir em até 7% a produção de carne suína nos EUA, em 2014, queda mais acentuada do que a prevista pelo governo norte-americano. “A PEDv nos preocupa, porque estamos às vésperas da Copa do Mundo, e precisamos reforçar nossa defesa sanitária para evitar que a doença suína se propague por aqui, uma vez que são esperados mais de 500 mil turistas de fora”, acrescenta o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.
Na avaliação da entidade, seria natural que, com a redução de produção de carne suína nos EUA, o preço médio internacional do produto subisse nos próximos meses, o que afetaria positivamente a receita do setor com as suas vendas externas.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 153.457 toneladas e faturou US$ 410 milhões, queda de 1,65% no volume e de 1,85% na receita, em relação a igual período do ano passado.
Rússia, Hong Kong e Angola, principais mercados – A Rússia foi o principal destino da carne suína brasileira, respondendo por 30,63% das exportações do mês, seguida por Hong Kong, com 25,36%, e por Angola, com 9,49%. Em relação à receita, a Rússia também ficou em primeiro lugar, com 40,97%, Hong Kong, com 21,78%, e Cingapura, com 8,08%.
A Ucrânia permanece fora da lista dos principais destinos, e o Chile se consolida como um destino para a carne suína do Brasil.
Em abril, as vendas para a Rússia aumentaram 27,55% em volume (13.056 t) e 51,27% em valor (US$ 48,62 milhões), ante abril de 2013. De janeiro a abril, a elevação dos embarques para a Rússia foi de 11,41% em toneladas (47.031 t) e de 26,76% em valor (US$ 160,97 milhões).
As exportações para Hong Kong, em abril, cresceram 12,23% em volume (10.811 t) e 7,46% em receita (US$ 25,84 milhões), em relação a abril de 2013. De janeiro a abril, também houve aumento nas vendas para Hong Kong: 9,33% em volume (39.721 toneladas) e 6,16% em valor (US$ 94,60 milhões), na comparação com o mesmo período do ano passado.
Principais destinos em abril:
1º Rússia – 13.056 toneladas – 30,63%
2º Hong Kong – 10.811 toneladas – 25,36%
3º Angola – 4.045 toneladas – 9,49%
4º Cingapura – 3.466 toneladas – 8,13%
5º Uruguai – 1.911 toneladas – 4,48%
Principais destinos em 2014:
1º Rússia – 47.031 toneladas – 30,65%
2º Hong Kong – 39.721 toneladas – 25,88%
3º Angola – 17.054 – 11,11%
4º Cingapura – 11.273 t – 7,35%
5º Uruguai – 6.538 t – 4,26%
Fonte: ABPA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 25/10/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,91Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.060,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 29/10/2024 16:00