O Brasil exportou 348.129,7 toneladas de milho não moído em junho, um acréscimo de 307.107,8 toneladas com relação ao fechamento da terceira semana. Com isso, a média diária de embarques ficou em 16.577,6 toneladas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 73,64% menor do que as 62.895,8 de mês de junho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 57.671,7 no período, contra US$ 206.638,00 mil de junho do ano passado.
Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 4,20% no período, saindo dos US$ 172,90 do ano passado para US$ 165,7 neste mês de junho.
Na comparação com o último mês, maio de 2020, as exportaçõe brasileiras subiram mais de 1.296% saindo das anteriores 24.933,3 toneladas.
De acordo com análise da Agrinvest, a diminuição do apetite de compras do Irã e a ocupação dos espaços dos portos pela soja foram os fatores que impactaram nessa diminuição.
A partir de agora, os volumes devem retomar seu crescimento conforme os trabalhos de colheita nas principais regiões produtoras vão avançando durante julho, agosto e setembro. Porém, o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, alerta para a possibilidade de redução na exportação a partir de outubro.
Segundo o analista, o início da colheita no hemisfério norte deve reduzir o custo do cereal ucraniano, que ficaria cerca de US$ 5,00 mais barato por tonelada em comparação com o brasileiro.
Esse movimento tem capacidade para estimular ações de watchout com e redestinação de volumes originalmente destinados à exportação para atender o mercado interno brasileiro, que já registra um salto importante da recuperação da rentabilidade do etanol de milho e pode acompanhar uma retomada das margens do setor de suínos.
Sendo assim, Araújo não acredita que devemos ter dificuldades na liquidez do cereal no país, já que as estimativas para o estoque de passagem ao final de janeiro de 2021 variam entre 2 milhões de toneladas (caso as exportações cheguem à estimativa inicial de 34 milhões) e 6,5 milhões de toneladas (caso as exportações caiam para 30 milhões), patamar similar ao de 2021.
Diante deste cenário, o analista aponta que a rentabilidade do produtor brasileiro de milho segue elevada e que a estratégia de comercialização vai depender os custos de cada um, pensando em vender sua safra neste momento, buscar opções de seguros de alta ou aguardar para vender lá na frente.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50