Agronegócio

Exportações do agro podem bater recorde mesmo com cenário mundial em crise

18 de julho de 2022
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Segundo projeções divulgadas pelo Insper Agro Global, caso o ritmo de crescimento seja mantido no segundo semestre, as exportações neste ano podem chegar a US$ 140 bilhões e estabelecer um novo recorde.

O valor das exportações do agronegócio brasileiro atingiu US$ 79 bilhões no primeiro semestre deste ano, aumento de cerca de 30% em comparação a igual período de 2021.

Segundo projeções divulgadas pelo Insper Agro Global, caso o ritmo de crescimento seja mantido no segundo semestre, as exportações neste ano podem chegar a US$ 140 bilhões e estabelecer um novo recorde.

Segundo a análise publicada pelo Insper, o grande responsável pelo crescimento do valor exportado foi o aumento de preços internacionais, movimento impulsionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o que levou à restrição na oferta de alimentos e políticas de exportação restritivas.

Os dados do Insper mostram ainda que alguns alimentos chamaram atenção. O valor das exportações brasileiras de óleo de soja e de farelo apresentou crescimento de 136% e 48% no primeiro semestre de 2022, respectivamente. O mercado de milho registrou aumento de 147% e o de trigo de 525%, setores também influenciados pela atual conjuntura mundial.

O café também apresentou crescimento no mesmo período e o valor das exportações de carnes bovina e de frango aumentou 53% e 37%, respectivamente. A carne suína, por outro lado, teve redução de 18%, assim como o açúcar e o algodão, que apresentaram queda nos valores exportados.

O relatório destaca também a questão da importação de fertilizantes, mercado afetado por conflitos internacionais. O valor das importações brasileiras nesse segmento aumentou 177% no primeiro semestre de 2022 na comparação anual.

O documento mostra que o valor das exportações brasileiras do agronegócio para a União Europeia cresceu 42%; 198% para a Índia; 41% para o Japão; 54% para a Argentina; e 59% para países da região do Oriente Médio e Norte da África.

Fonte: Suinocultura Industrial

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