Porto Alegre, 15 de junho de 2023 – Os desafios do Brasil para aumentar sua produção de
fertilizantes e diminuir a dependência externa nessa área dominaram os debates na primeira
reunião do novo Confert (Conselho Nacional de Fertilizantes), realizada na tarde da quarta-feira
(14) na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em
Brasília.
A reunião foi presidida pelo vice-presidente e ministro do MDIC Geraldo Alckmin e teve a
participação de outros dois ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), além dos presidentes da Petrobras, Jean Paul
Prates, da CNI, Robson Andrade, e representantes de demais ministérios e entidades que compõem o
Conselho ou participam dele como convidados.
“O Confert é extremamente importante”, salientou Alckmin na abertura do encontro. “O Brasil é
o maior produtor mundial de proteína animal e vegetal e é um grande desafio para gente fortalecer
a indústria de fertilizantes”, disse.
Alckmin lembrou que a pandemia de Covid 19 incorporou ao mundo globalizado um novo elemento, que
é o princípio da precaução em relação à dependência externa de determinados produtos. “Isso
vale também para o agronegócio. O Brasil, sendo o grande celeiro do mundo, [é preciso saber] como
é que a gente faz para, ao longo do tempo, ir ficando menos dependente, fortalecendo a indústria
local de fertilizantes”.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, também destacou a importância do país como
fornecedor mundial de alimento e defendeu que a pauta dos fertilizantes seja uma prioridade
nacional. “O Brasil tem grandes potenciais, grandes oportunidades e grandes entraves a serem
superados”, disse. “Temos uma oferta abundante de alimentos, mas para que isso continue acontecendo,
precisamos de segurança na oferta de insumos básicos para a agricultura. E os fertilizantes estão
no topo da cadeia das necessidades dos produtores”.
Paulo Teixeira, do MDA, reafirmou a necessidade de o Brasil buscar soberania nessa área. “Temos
de usar nossas potencialidades e construir boas relações entre os setores público e privado para
garantir essa soberania”, pontuou.
A principal tarefa do novo Confert será revisar, debater e implementar o Plano Nacional de
Fertilizantes (PNF) – cujo objetivo é justamente reduzir a dependência externa. Hoje, 85% dos
fertilizantes usados nas plantações brasileiras são importados. A meta-síntese do PNF é que
essa dependência caia pela metade até 2050.
Nesta primeira reunião, foi criado um Grupo do Trabalho com prazo de 90 dias para entregar a
revisão do PNF, seguindo as diretrizes do decreto que reestruturou o conselho.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, lembrou que há muitos anos o país não tem uma
política de fertilizantes. “O objetivo é conseguir finalmente sair da inércia em que nos
colocamos nos últimos tempos. A Petrobras tem o dever de olhar com muito cuidado para o setor”,
disse Prates, lembrando que recentemente a empresa colocou a questão dos fertilizantes entre os
temas que definem sua missão.
As informações são do MDIC.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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