Porto Alegre, 4 de julho de 2022 — O ministro da Agricultura, Marcos
Montes, defendeu hoje em São Paulo, alianças de empresas árabes e brasileiras
para a produção de fertilizantes no país.
Em maio, Montes viajou ao Egito, à Jordânia e ao Marrocos para negociar a
ampliação do fornecimento do insumo ao Brasil, cujo abastecimento entrou em
risco com a Guerra na Ucrânia, que colocou os maiores fornecedores do insumo ao
Brasil, a Rússia e Belarus, sob sanções internacionais.
Agora Montes quer que empresas desses países árabes, que fornecem cerca
de 26% dos fertilizantes importados pelo Brasil, tenham fábricas também no
território brasileiro. “Por onde passei fui bem recebido. Colhi
manifestações de interesse em realizar investimentos e fortalecer laços
comerciais com o Brasil”, disse. “Nossa missão, agora, é transformar essas
manifestações em oportunidades concretas de benefícios para todos os atores
envolvidos”, afirmou o titular da pasta da Agricultura em fala exibida no
Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, da Câmara Árabe-Brasileira.
Na manifestação, o ministro reforçou o compromisso do Brasil em
assegurar o fornecimento de alimentos aos 22 países da Liga Árabe, que
adquirem no país metade dos gêneros alimentícios consumidos por suas
populações, no total 420 milhões de pessoas. Montes lembrou que uma sucessão
de crises globais, entre elas a covid-19 e a invasão à Ucrânia, desencadeou
um processo inflacionário de insumos agrícolas e de alimentos que afeta os
mais pobres e põem em risco os avanços socioeconômicos mundiais das últimas
décadas.
Mesmo nesse cenário, o ministro reiterou que o Brasil vai continuar a ser
um “fornecedor confiável” de alimentos à Liga Árabe. Montes destacou
ainda a complementaridade da parceria Brasil-Liga Árabe. Ano passado, o bloco
comprou do Brasil um total de US$ 14,42 bilhões, a maior parte em alimentos e
commodities minerais, comércio que, segundo o ministro, tem potencial para
crescer, inclusive para além do agronegócio.
“Podemos avançar não apenas no desenvolvimento de parcerias
estratégicas voltadas para a produção agropecuária, nas quais já temos
alguns exemplos, mas também na formulação de projetos de infraestrutura,
logística e de exploração de fertilizantes no Brasil”, disse Montes a uma
plateia que incluía empresários dos dois lados da relação bilateral.
Na avaliação do ministro, o potencial de crescimento do comércio
Brasil-Liga Árabe é “significativo”. Para ele, no entanto, o desafio é
aumentar os volumes embarcados e diversificar a pauta comercial, atualmente
concentrada em poucos produtos. As informações são da Câmara de Comércio
Árabe-Brasileira.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30