Brasília, 31 de agosto de 2016 – O Senado Federal decidiu, por 61 votos a
20, afastar definitivamente a presidente Dilma Rousseff da Presidência da
República, efetivando o presidente interino Michel Temer na função e dando
fim a um processo de impeachment que se arrasta desde dezembro, quando a
denúncia foi recebida pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). O presidente do Senado, Renan Calheiros, que não havia
decidido se votaria, votou a favor do impeachment.
O resultado consolida as projeções da base aliada de Temer e repetiu a
grande proporção de votos garantida por articuladores do peemedebista ao longo
do processo. Em todas as votações, Dilma não conseguiu chegar perto dos
votos necessários para barrar o processo, evidenciando a deterioração de sua
relação com o Congresso Nacional e até mesmo com siglas que faziam parte de
sua sustentação.
Ontem, na sessão destinada a debates, a base governista continuava
confiante de que as articulações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
aliados não vingariam e que seria muito difícil conseguir uma reversão de
votos favoráveis ao impeachment, conforme revelou uma pessoa próxima a
lideranças petistas à Agência CMA.
Considerada uma estranha à política e sem traquejo para articulações,
Dilma frequentemente perdia o “timing” para tomar decisões, conforme apontam
algumas lideranças da base aliada de Temer. A carta destinada a senadores
divulgada nos últimos dias, na tentativa de propor um plebiscito para novas
eleições e reverter votos, não surtiu efeito e parlamentares consideraram que
o documento demorou para ser lançado, sepultando as poucas chances de sucesso
da petista.
Seu pronunciamento no Senado, quando foi defender-se pessoalmente na
segunda-feira, foi considerado “protocolar” por senadores governistas, que
também avaliaram que, ao longo da sessão, “Dilma nunca esteve tão Dilma”,
em referência ao posicionamento característico da petista de tomar posições
fortes, sem recuo, e ter certa dificuldade em responder a perguntas de forma
linear e direta.
Com a consolidação do impeachment, Temer será empossado em cerimônia no
Congresso ainda nesta tarde e pretende seguir ainda hoje para a China, onde
participará da reunião do G-20. Antes deve conversar com ministros e líderes
da base e concluir a gravação de um pronunciamento que deve ser transmitido à
nação nas cadeias de rádio e TV ainda hoje.
As informações são da agência CMA.
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