Porto Alegre, 30 de outubro de 2023 – O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta
segunda-feira a indicação de dois novos diretores para o Banco Central. Paulo Picchetti, professor
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais,
enquanto Rodrigo Alves Teixeira, um servidor de carreira, assume a diretoria de Relacionamento,
Cidadania e Supervisão de Conduta.
“Fico extremamente gratificado de ter sido o mediador desse convite e com a certeza absoluta que
são pessoas com uma grande contribuição a dar ao Banco Central”, disse Haddad durante coletiva de
imprensa.
Após a indicação, os nomes devem ser chancelados tanto pela Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) do Senado quanto pelo Plenário da Casa Alta.
O anúncio das mudanças na diretoria do Banco Central ocorre em um contexto de debates
acalorados sobre as metas fiscais do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na
última sexta-feira que não pretende interromper obras ou bloquear grandes investimentos para
atingir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
Haddad, por sua vez, negou qualquer descompromisso do presidente Lula com as metas fiscais.
“Não há por parte do presidente [Lula] nenhum descompromisso [com a meta fiscal], pelo contrário,
se não estivesse preocupado com a situação fiscal, não estaria pedindo apoio da equipe
econômica para orientação do Congresso”, declarou.
O Ministro da Fazenda também enfatizou que o governo não está sabotando a meta de zerar o
déficit em 2024, mas sim enfrentando dificuldades devido a problemas de arrecadação herdados de
governos anteriores.
Quando questionado sobre o comprometimento do governo com a meta fiscal de déficit zero, Haddad
evitou responder diretamente. “A minha meta está estabelecida; vou buscar o equilíbrio fiscal de
todas as formas que for melhor para o país”, afirmou o ministro.
Além disso, Haddad destacou a importância de questões fiscais em andamento no Supremo
Tribunal Federal (STF) e mencionou temas centrais que o presidente Lula deseja abordar nas reuniões
com líderes do Congresso, incluindo a discussão sobre o Pis/Cofins e sobre a Lei Complementar 160
relacionada às subvenções.
Ele também mencionou a possibilidade de antecipar medidas programadas para 2024 para 2023. “Meu
papel é buscar o equilíbrio fiscal; não é por pressão do mercado, mas porque eu acredito para
fazer a correção do sistema tributário; buscar a justiça social”, concluiu Haddad.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50