Suinocultura

Governo russo faz série de exigências que atrasam reabertura de mercado

25 de janeiro de 2018
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Contrariando o desejo dos brasileiros, na última rodada de negociações entre o serviço sanitário da Rússia e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), Moscou afirmou que pretende reabrir seu mercado à carne suína do Brasil apenas depois da visita de uma missão sanitária de técnicos russos ao país. O governo russo também quer reduzir a quantidade de frigoríficos brasileiros autorizados a exportar para o seu mercado.

Em resposta, o Ministério da Agricultura solicitou que os russos não condicionem a reabertura ao envio da missão, que ainda não foi devidamente agendada.

Se Moscou mantiver sua posição, o impacto será grande para os frigoríficos exportadores. A Rússia responde por 40% do volume e por quase 50% da receita das exportações de carne suína do Brasil, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC, Brasília/DF).

Razões de ordem comercial também pesam na decisão russa. Um surto de peste suína africana na Rússia levou produtores a acelerar os abates dos animais no país – por temerem contaminação. Isso tornou menos urgente o abastecimento do mercado russo. Com isso, Moscou teria ganhado mais tempo do que o inicialmente imaginado nas tratativas com Brasília.

Mais de 80% do volume de carne suína importado pela Rússia é proveniente do Brasil. Em decorrência do embargo russo à União Europeia e aos EUA, Moscou não tem muitas alternativas de fornecimento. Quando o embargo foi imposto, em novembro, os exportadores e o governo confiavam que o veto teria vida curta devido às necessidades dos russos e também porque o real motivo do embargo não seria a presença da ractopamina, mas a demora do Ministério da Agricultura em abrir o mercado do Brasil ao trigo, à carne bovina e ao pescado russos.

O secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luís Eduardo Rangel, afirma que a expectativa é que dentro de uma semana o serviço sanitário da Rússia dê uma resposta e que daqui a 90 dias os russos definam um calendário para auditorias a estabelecimentos brasileiros ao longo deste ano.

“Entreguei a lista completa para ser reabilitada, mas eles podem querer habilitar parte dela, depende deles. Eu pedi para reabrir tudo, mas eles podem entender que a carne bovina tem menos risco de ter ractopamina por ter seu uso proibido em bovinos no Brasil”, diz Rangel, enfatizando que não há motivos para manter o mercado russo fechado para fechado para as carnes brasileiras.

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