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GRÃOS: Campo Futuro verifica custos de produção de culturas em SC

20 de junho de 2018
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Porto Alegre, 20 de junho de 2018 – Com o objetivo de levantar o custo de
produção das principais atividades agropecuárias do agronegócio brasileiro
ocorreu em Santa Catarina mais uma edição do projeto Campo Futuro nos
municípios de Xanxerê, Campos Novos e Tubarão. A iniciativa foi realizada
pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC)
e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) em parceria com a
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com o
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Os Sindicatos Rurais
dos municípios também foram apoiadores do evento.

Os trabalhos foram desenvolvidos pelos pesquisadores do CEPEA, Renato
Garcia Ribeiro e Milena Emi Nishikawa. O projeto utilizou a metodologia de
“Painel de custos de produção”, a qual consiste em reunir produtores
típicos da região e profissionais da área para definir o sistema de
produção local, bem como seus custos diretos e indiretos, mediante debates e
preenchimento de planilhas de custos.

Os municípios receberam painéis do Campo Futuro com foco na produção de
com soja, milho, feijão de inverno, trigo, aveia branca e arroz. Participaram
do levantamento produtores, técnicos e presidentes dos Sindicatos Rurais de
Xanxerê, Campos Novos e Tubarão e os supervisores do SENAR/SC, Helder Jorge
Barbosa (oeste), Diego Machado Visintin (meio oeste) e Sueli Silveira Rosa
(sul).

De acordo com Milena, os dados preliminares levantados nos três
municípios estão sendo analisados e, a partir desse resultado, será feito um
relatório final de diagnóstico das produções no Estado. Em Xanxerê, o
levantamento foi nas culturas de soja, milho, feijão de inverno, trigo e aveia
branca. Milena explicou que soja, milho e feijão de inverno pagaram os custos
operacionais, e somente a soja e o feijão conseguiram cobrir também o custo
total. Milho pagou somente o operacional. Já o trigo e a aveia branca não
pagaram nenhum custo. “Em observação, esse ano foi plantado feijão preto ao
invés do carioca devido ao preço melhor, fato que contribuiu para pagar os
custos”.

No município de Tubarão, o levantamento foi feito na cultura de arroz em
dois sistemas diferentes: pré-germinado e semeado. Nos dois cenários o custo
operacional do arroz conseguiu ser pago, mas o total não foi pago e também foi
observado um alto custo de arrendamento. “Mesmo com a produtividade sendo
acima da esperada a receita gerada não conseguiu cobrir os custos”,
exemplificou.
Em Campos Novos, Milena relatou que também foi feito levantamento de soja,
milho, feijão de verão, trigo e aveia branca e os resultados foram bem
parecidos com os de Xanxerê. “Soja e milho o custo operacional foi pago, mas
para as culturas de inverno não. O custo total não foi pago em nenhuma
cultura, representado por um alto custo de arrendamento. A produtividade também
foi um pouco inferior a safra passada e a aveia branco foi plantada como
alternativa ao trigo”.

O representante do Sindicato dos Produtores Rurais Campos Novos, João
Batista Ramos de Almeida, observou que, cada vez mais, os produtores rurais
procuram eficiência para reduzir custos, melhorias para venda de seus produtos
com preços competitivos e, consequentemente, evoluir a renda e o desenvolvido
da sua atividade. “Ficamos felizes ao ver a grande participação dos jovens
no painel. Eles são o futuro do agronegócio e se demonstraram muito
interessados em conhecer seus custos para otimizar e melhorar sua produção e
venda. Esse é o futuro do setor: aliar eficiência e trabalho para expandir os
negócios rurais”.

METODOLOGIA

O Campo Futuro alia a capacitação do produtor rural à geração de
informação para a administração de custos, de riscos de preços e
gerenciamento da produção. A geração de informações compreende quatro
ações: realização de painéis; desenvolvimento de indicadores com
informações de custo de produção e rentabilidade das culturas agrícolas e
da pecuária nos estados; criação de um sistema de informação e
consolidação das informações geradas pelo projeto; divulgação de
publicações a partir de análises e relatórios setoriais de desempenho da
agropecuária brasileira.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, reforçou
que os painéis consistem em uma reunião técnica com a participação de
produtores, representantes dos sindicatos rurais, técnicos da federação e da
CNA. “Depois, é feito acompanhamento mensal dos preços dos insumos e dos
custos de produção a fim de manter os produtores informados”, explicou.

Salientou que o Campo Futuro é uma excelente oportunidade para que os
produtores aprendam na prática a elaborar seus orçamentos e ter conhecimentos
sobre os custos de produção de suas propriedades. “O Campo Futuro
disponibiliza informações estratégicas para facilitar a tomada de decisões
dos produtores rurais mediante o acesso a um completo banco de dados do setor
agropecuário”. Com informações da assessoria de imprensa da FAESC.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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