Porto Alegre, 31 de outubro de 2023 – A escassez de chuvas e precipitações irregulares no
Brasil Central entre setembro e outubro foram suficientes para ligar o sinal de alerta entre os
produtores brasileiros. Sem condições ideais de cultivo em sequeiro, muita gente teve de atrasar a
entrada da soja (safra de verão), o que, em princípio, poderia comprometer a segunda safra caso se
levasse em conta apenas o cultivo do milho. No entanto, a possibilidade de uso do sorgo granífero
após a colheita da soja plantada mais tardiamente, pode reduzir sensivelmente este risco,
funcionando como uma espécie de “esteio” ou “seguro” para o agricultor, abrindo a possibilidade de
maior rentabilidade para todo o sistema.
Como o sorgo tem um ciclo menor de cultivo (alguns necessitam de 20 dias a menos do que o milho)
e menos necessidade de água no solo (até metade, dependendo da semente), ele tornou-se opção ao
produtor em situações em que o milho, em plantio mais tardio, pode ser comprometido por uma
escassez hídrica ou frio intenso (geadas). Isso se consolidou fundamentalmente nas últimas safras
graças ao avanço tecnológico da cultura do sorgo no Brasil e aos cuidados e ajustes de manejo por
parte do produtor.
Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds (empresa de desenvolvimento, produção e
comercialização de sementes de milho e sorgo), avalia as opções e tendências tanto para a
pecuária quanto para a agricultura: “Os pecuaristas do Brasil Central estão preocupados em fazer
uma boa safra de milho e sorgo para garantir volume suficiente de silagem de planta inteira
(volumoso energético) tendo assim o que oferecer ao gado nos meses secos de inverno”.
Já para quem está focado na produção de grãos na safrinha, Sawa, que é uma das lideranças
do Movimento + Sorgo, entende que a dobradinha dos cereais tem tudo para assegurar rentabilidade ao
agricultor: “As áreas ‘do cedo’ da soja na safra de verão, darão lugar à safrinha de milho de
alta performance. Já onde houve atraso considerável na semeadura da soja, o sorgo granífero ou
sorgo palhada são as opções”.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o cultivo de sorgo grão está em
plena expansão no Brasil. De acordo com boletim datado de setembro de 2023, a área plantada saiu
de 1.130.400 hectares na safra 21/22 para 1.417.800 hectares na safra 22/23, representando um
avanço de 25,4%. No mesmo comparativo, a produção teve um desempenho ainda maior (fruto de mais
produtividade), saindo de 3.120.400 toneladas para 4.786.800 toneladas, um surpreendente salto de
53,4% em apenas um ano. As informações são da assessoria de imprensa.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50