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GRÃOS: IBGE estima safra 2023 em 305,4 milhões de t

13 de junho de 2023
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Porto Alegre, 13 de junho de 2023 – O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA),
divulgado hoje (13) pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas
deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 305,4 milhões de toneladas. Trata-se de um
montante 16,1%, ou 42,2 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2022. Na comparação
com abril, a estimativa assinalou alta de 1,1%, com acréscimo de 3,3 milhões de toneladas. A
expectativa é de recorde nas produções de soja, milho e trigo.

A área a ser colhida este ano deve ser de 76,6 milhões de hectares, 4,6% maior que a área
colhida em 2022, com aumento de 3,4 milhões de hectares. Em relação a abril, a área a ser
colhida apresentou um aumento de 237.739 hectares (0,3%).

Os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, e trigo,
os três estabelecendo novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 148,2 milhões de
toneladas, um aumento de 24,0% em comparação à quantidade obtida em 2022. Já o milho tem uma
produção estimada em 122,8 milhões de toneladas, valor 11,5% maior que em 2022. Segundo o gerente
do LSPA, Carlos Barradas, a boa performance da cultura se deve ao aumento das áreas de plantio e,
principalmente, a um regime de chuvas mais favorável em 2023, quando comparado com 2022. Assim a
produção de milho apresenta novo recorde da série do IBGE.

A produção de trigo, que deve alcançar 10,6 milhões de toneladas, teve aumentos de 7,3% em
relação a abril e de 5,5% em relação a 2022, quando o Brasil já havia colhido a maior safra da
história.

Os preços elevados das commodities fizeram com que os produtores aumentassem a área de plantio
desses produtos. Além disso, houve aumento dos investimentos nas lavouras, e como o clima foi muito
benéfico em 2023 quando comparado com 2022, o rendimento das lavouras aumentou bastante. Na safra
2023, somente o Rio Grande do Sul teve problemas climáticos, todas as demais unidades da
federação tiveram clima favorável, o que explica o recorde de produção da safra brasileira de
grãos, analisa Barradas.

Ele explica que a soja, principal produto da agricultura brasileira, acaba tornando-se a
prioridade dos produtores na safra de verão, que é plantada a partir de setembro, na época das
chuvas, e colhida em janeiro e fevereiro. A segunda safra é plantada após a colheita da safra de
verão e a sua colheita dá-se a partir de junho. Os produtores estão reduzindo a área de outros
cereais, como do arroz, para plantar soja. Como os preços estavam em alta, houve aumento também
dos investimentos. Vale lembrar que, em 2022, o clima foi muito desfavorável para a soja. A
produção de arroz e de feijão deve ser suficiente para abastecer o mercado interno, completa
Barradas.

Carlos Alfredo Guedes, gerente de agricultura observa que a soja fechou no ano passado com uma
queda de 11,4% em relação a 2021, devido às condições climáticas desfavoráveis na Região Sul
e no Mato Grosso do Sul. Em 2023, os percentuais de crescimento na soja nesses locais são bem
elevados, apontado para a recuperação da safra. No Rio Grande do Sul, mesmo com os problemas
climáticos que ainda persistiram em 2023, a safra é maior que em 2022, ano em que a seca foi muito
severa, analisa Guedes.

Ele destaca que o aumento da produção tem provocado a queda dos preços em nível global. No
caso de milho e da soja, isso impacta na redução de custos para a ração animal afetando
positivamente a pecuária.

A queda dos preços está relacionada também ao câmbio, com a queda do dólar, e ao aumento da
safra norte-americana de soja. O aumento da oferta global com o crescimento da produção das safras
brasileira e americana estão provocando a redução dos preços, completa o gerente de agricultura.

Já o trigo é beneficiado pela guerra da Rússia e da Ucrânia, grandes produtores e
exportadores. Faltou trigo no mercado, o que elevou os preços e animou os produtores nacionais a
aumentarem a área de plantio do trigo no Brasil.

O clima favorável beneficiou também a produção de café, que somou 3,3 milhões de
toneladas, crescimento de 5,9% frente a 2022. Este ano seria de bienalidade negativa, com uma
colheita menor, mas, em função das grandes quantidades de chuvas em Minas Gerais e Espírito
Santo, a produção do café da espécie arábica está crescendo ocasionando uma inversão da
bienalidade, complementa Barradas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual
positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,9%), a Centro-Oeste (15,8%), a Sudeste
(4,3%), a Norte (13,5%) e a Nordeste (3,3%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a
Região Nordeste (0,5%), a Região Centro-Oeste (2,9%) e a Região Norte (1,5%). A Região Sudeste
apresentou estabilidade (-0,0%), enquanto a Região Sul apresentou declínio (-1,5%).

Em relação a abril, houve altas nas estimativas da produção trigo (7,3% ou 723 714 t), da
aveia (6,3% ou 70 853 t), do sorgo (5,9% ou 207 797 t), do milho 2 safra (3,2% ou 2 968 400 t), do
arroz (2,1% ou 206 037 t), do feijão 3 safra (1,6% ou 10 110 t), da cevada (0,7% ou 3 328 t), do
café arábica (0,4% ou 8 820 t), do feijão 1 safra (0,3% ou 3 585 t) e do café canéfora (0,2% ou
1 551 t). Em sentido oposto, houve declínios nas estimativas de produção do tomate (-4,5% ou-177
003 t), do feijão 2 safra (-3,1% ou -42 397 t), da mandioca (-1,0% ou -182 909 t), da soja (-0,6%
ou -867 990 t) e do milho 1 safra (-0,1% ou -21 813 t).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e foram
divulgadas pelo Departamento de Comunicação Social do IBGE.

Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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