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GRÃOS: IBGE prevê safra do Brasil de 213,7 milhões de t em 2017

10 de janeiro de 2017
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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2017 – O terceiro prognóstico para a safra
de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017 estima uma produção de 213,7
milhões de toneladas em 2017, 16,1% maior que a de 2016, segundo levantamento
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Todas as regiões devem ter
aumentos na produção: Norte (13,4%), Nordeste (73,0%), Sudeste (11,1%), Sul
(5,8%) e Centro-Oeste (20,5%).

Já a estimativa de dezembro para a safra colhida em 2016 (184,0 milhões
de toneladas), ficou 12,2% abaixo da obtida em 2015 (209,7 milhões de
toneladas). A área a ser colhida (57,1 milhões de hectares) recuou 0,9% em
relação à do ano anterior. O arroz, o milho e a soja, principais produtos
deste grupo, representaram 92,2% da estimativa da produção e responderam por
87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2015, houve recuos na produção da
soja (-1,8%), do arroz (-14,0%) e do milho (-25,7%).

Para 2016, a distribuição regional da produção de grão foi:
Centro-Oeste, 75,1 milhões de toneladas; Sul, 73,0 milhões de toneladas;
Sudeste, 19,6 milhões de toneladas; Nordeste, 9,5 milhões de toneladas e
Norte, 6,7 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, houve redução
de 2,1% no Sudeste, de 12,5% no Norte, de 42,0% no Nordeste, de 16,3% no
Centro-Oeste e de 3,6% no Sul. Nessa avaliação para 2016, o Mato Grosso foi o
maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,9% no total do
país, seguido pelo Paraná (19,0%) e Rio Grande do Sul (17,3%). Somados, esses
três estados representaram 60,2 % do total nacional.

Destaques na estimativa de dezembro em relação a novembro

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro
destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção,
comparativamente ao mês de novembro: arroz (1,8%), aveia em grão (11,5%),
batata inglesa 2 safra (3,3%), batata-inglesa 3 safra (7,0%), café arábica
(4,7%), cebola (2,4%), cevada em grão (8,3%), feijão em grão 2 safra
(-4,8%), sorgo em grão (1,3%) e trigo em grão (4,7%).

ARROZ (em casca) – A produção de arroz alcançou 10,6 milhões de toneladas em
2016, aumento de 1,8% em relação ao mês anterior. A área colhida e o
rendimento médio sofreram leve alteração mensal de 0,9% ambos, influenciados
principalmente pela atualização da produção do cereal na região norte do
país, especificamente no estado do Tocantins, onde houve a confirmação da
produção de 503,8 mil toneladas. Este aumento foi justificado pela adoção de
nova variedade de arroz resistente ao estresse hídrico e a pragas, o que
reduziu a expectativa de perdas no estado.

CAFÉ ARÁBICA (em grão) – Com as lavouras sendo beneficiadas pelo clima mais
chuvoso a produção nacional de café arábica em 2016 foi de 2.586.188
toneladas, ou 43,1 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,7% frente ao mês
anterior. Os dados nacionais refletiram reajustes observados em Minas Gerais,
maior produtor nacional e que deve participar com mais de 70% do total da safra
2016. O GCEA/MG reavaliou a produção mineira em 1.817.883 toneladas, ou 30,3
milhões de sacas de 60 kg, aumento de 6,2% frente ao mês anterior. A área a
ser colhida e o rendimento médio aumentaram 0,6% e 5,5%, respectivamente. Já a
produção paulista deve alcançar 364.260 toneladas, com alta de 2,9% frente a
novembro.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Com relação ao trigo, a produção do país
foi de 6.719.519 toneladas em 2016, crescimento de 4,7% frente ao mês anterior.
No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, esperam-se aumentos de 13,6% e de 11,8%
na produção de trigo.

FEIJÃO (em grão) – A produção nacional de feijão recuou 2,1% este mês,
encerrando o ano com uma produção de 2,6 milhões de toneladas. Em dezembro, o
feijão 2 safra apresentou maior variação em relação a novembro (-4,8%),
com queda acentuada no Nordeste (-22,2%), gravemente afetado pela seca. As
reavaliações negativas mais intensas foram em Pernambuco (-63,3%), Paraíba
(-59,6%), Sergipe (-29,9%) e Maranhão (-10,9%), principalmente devido à falta
de chuvas.

MILHO (em grão) – A produção alcançou 63,4 milhões de toneladas, 0,3% menor
que a avaliada em novembro. A redução de 0,6% na estimativa da área colhida
foi o principal fator responsável pela variação frente ao levantamento
anterior. A produção do milho 1 safra foi de 24,3 milhões de toneladas. As
Unidades da Federação que mais influenciaram o acréscimo da expectativa de
produção, quando comparadas a novembro, foram: Distrito Federal (+81,8%);
Goiás, (+3,3%) e Tocantins (+23,5%). As avaliações de dezembro para o milho
em grão 2 safra foram menores em 171,5 mil toneladas, variação negativa de
0,4% frente às informações de novembro. A reavaliação negativa da área a
ser colhida em 0,7% determinou uma menor expectativa de produção, avaliada em
39,0 milhões de toneladas. As variações negativas da produção para o milho
em grão 2 safra foram no Paraná (-0,9%), Pernambuco (-89,6%), Sergipe
(-13,3%), Distrito Federal (-16,7%), Mato Grosso do Sul
(-0,3%), Minas Gerais (-0,3%) e Rondônia (-0,1%).

SOJA (em grão) – A produção de soja foi de 95,8 milhões de toneladas, 0,3%
menor que a estimativa do mês anterior, redução absoluta 273.118 toneladas.
Com a colheita encerrada, os GCEAs dos estados seguem fazendo os ajustes
necessários em seus dados, de acordo com as informações levantadas em
pesquisas no campo. Nesta avaliação de dezembro, os ajustes positivos foram
observados em Tocantins (3,4%), Distrito Federal (14,1%) e Rio Grande do Sul
(0,1%). Reduções na estimativa de produção ocorreram para Rondônia
(-17,9%), Paraná (-0,9%), Maranhão (-2,3%), Goiás (-0,2%) e Mato Grosso do
Sul (-0,2%). Os estados que informaram decréscimo na produção de soja no
levantamento de dezembro estão relacionados às menores avaliações dos
respectivos rendimentos médios. A exceção deste grupo foi o Mato Grosso do
Sul, que teve sua expectativa de produção reduzida em decorrência da menor
área ocupada pela cultura.

SORGO (em grão) – A produção do sorgo em 2016 alcançou 1.168.904
toneladas, aumento de 1,3% frente ao mês anterior. A área colhida apresentou
aumento de 0,7% e o rendimento médio aumentou 0,6%. A variação dos dados
resultou dos reajustes realizados nas estimativas de São Paulo e Distrito
Federal, onde foram registrados aumentos de 13,2% e 75,0%, respectivamente. Para
São Paulo, o GCEA/SP aumentou em 25,4% a área plantada do cereal. No Distrito
Federal, o rendimento médio foi reajustado em 75,0%, segundo o GCEA/DF. Nesses
estados, a produção do sorgo é de segunda safra, cujas estimativas estão
sujeita a maiores variações em relação à 1 safra, consolidada há mais
tempo.

Estimativa de dezembro em relação à produção obtida em 2015

Entre as estimativas dos 26 principais produtos, dez apresentaram alta em
relação a 2015: aveia em grão (71,4%), batata-inglesa 2 safra (3,1%),
batata-inglesa 3 safra (10,4%), café em grão arábica (29,7%), cebola
(8,2%), cevada em grão (96,5%), feijão em grão 3 safra (6,4%), mandioca
(2,8%), trigo em grão (22,0%) e triticale em grão (30,4%). Com variação
negativa foram 16 produtos: algodão herbáceo em caroço (-17,0%), amendoim em
casca 1 safra (-10,2%), amendoim em casca 2 safra (-32,3%), arroz em casca
(-14,0%), batata-inglesa 1 safra (-2,9%), cacau em amêndoa (-21,4%), café em
grão canephora (28,1%), cana-de-açúcar (-2,7%), feijão em grão 1 safra
(-16,4%), feijão em grão 2 safra (-25,1%), laranja (-4,6%), mamona em baga
(-52,7%), milho em grão 1 safra (-16,1%), milho em grão 2 safra (-30,7%),
soja em grão (-1,8%) e sorgo em grão (-45,3%).

Para 2017, o IBGE espera uma safra de grãos 16,1% maior que a de 2016

Neste terceiro prognóstico para a safra de 2017, a produção de cereais,
leguminosas e oleaginosas foi estimada em 213,7 milhões de toneladas, com alta
de 16,1% em relação à safra colhida em 2016. Esperam-se aumentos na
produção em todas as regiões: Norte (13,4%), Nordeste (73,0%), Sudeste
(11,1%), Sul (5,8%) e Centro-Oeste (20,5%). As principais influências desses
aumentos são a alta de 9,6% na estimativa de produção da soja (9,2 milhões
de toneladas a mais que a safra de 2016) e de 31,0% na produção de milho (19,6
milhões de toneladas a mais que em 2016). Neste terceiro prognóstico, as
projeções respondem por 19,6% e as informações de campo já representam
80,4% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas prevista para 2017.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – Para a safra 2017 são esperadas 3,6
milhões de toneladas de algodão, 6,9% acima da safra de 2016, mas com um recuo
de 1,8% em relação ao segundo prognóstico. Apesar da redução da área
plantada em comparação a 2016 (-5,0%), espera-se melhora nas condições
climáticas trazendo uma alta de 12,3% no rendimento médio nacional. A
produção de algodão no Mato Grosso deve crescer 1,4% e na Bahia, espera-se
alta de 15,0% em relação 2016.

ARROZ (em casca) – Para 2017, a produção esperada é de 11.587.485
toneladas, com rendimento médio de 5.920 kg/ha, maiores, respectivamente, em
9,5% e 8,5% que a safra anterior. Já a área plantada encontra-se 2,0% menor.
No Rio Grande do Sul, maior produtor (71,8% da produção nacional), aguarda-se
uma produção de 8.315.795 toneladas, numa área a ser colhida de 1.091.728
hectares, com rendimento médio de 7.632 kg/ha, maiores, respectivamente, em
11,0%, 2,6% e 8,2%, que a safra anterior. Santa Catarina, segundo produtor
nacional, aguarda uma produção de 1.078.015 toneladas e rendimento médio de
7.305 kg/ha, maiores, respectivamente, em 2,6% e 2,5%, comparados a 2015.

CAFÉ (em grão) – A estimativa para a safra 2017 de café alcançou 2.666.727
toneladas, ou 44,4 milhões de sacas de 60 kg, com o arábica respondendo por
80,1% do total (2.153.410 toneladas) e o conillon respondendo por 19,9% (513.317
toneladas). Para o café arábica, a estimativa da produção deve cair 16,7%
em relação a 2016, tendo em vista que neste ano a safra foi impulsionada pelas
condições climáticas favoráveis, notadamente nos principais estados
produtores. Além disso, 2016 foi considerado ano de bienalidade positiva, ou
seja, quando as lavouras apresentam maior resposta em termos de produção,
característica fisiológica intrínseca a esse tipo de café, que alterna ano
de produção alta com ano de produção baixa. Quanto ao café conillon,
aguarda-se uma produção de 513.317 toneladas, aumento de 9,6% em 2017, em
virtude de que em 2016 o Espírito Santo, maior produtor do país, teve sua
safra comprometida por uma seca que assolou os principais municípios do estado.
O GCEA/ES aguarda um aumento de 5,2% na estimativa da produção do estado,
apesar de uma redução de 25,8% na área plantada. O rendimento médio deve
aumentar 14,6% em relação ao ano anterior.

FEIJÃO (em grão) – Estima-se que a produção total de feijão em 2017 deva
alcançar 3,3 milhões de toneladas com aumento de 26,9% em relação a 2015. É
importante salientar que para o cálculo das estimativas para as 2 e 3
safras, boa parte das informações ainda é formada por projeções realizadas
pelo cálculo de médias dos últimos cinco anos, eliminando-se os extremos.
Este expressivo crescimento resulta do acréscimo na área a ser colhida,
estimada em 1.792.603 hectares, 23,9% maior que no período anterior, quando
muitas lavouras da Região Nordeste foram afetadas pela seca. O aumento das
estimativas de área plantada e da área a ser colhida decorre também do bom
preço do produto, que se manteve em um patamar elevado durante 2016. Também
há previsão do aumento no rendimento médio (13,0%), que poderá alcançar 905
kg/ha. As produções do feijão segunda e terceira safra devem alcançar
1.186.834 toneladas e 495.856 toneladas, respectivamente.

MILHO (em grão) – A estimativa para a produção do milho em 2017 alcança
82.968.329 toneladas, aumento de 31,0% em relação ao ano anterior. Para o 1
safra, a expectativa é de uma produção de 29.474.266 toneladas, 21,2%
superior ao período anterior, marcado por expressivas perdas em virtude das
condições climáticas adversas. Minas Gerais desponta com maior área plantada
de milho 1 safra, 895.550 hectares, superando em 5,6% a área plantada na
safra anterior. No Rio Grande do Sul, a previsão é de aumento de 17,7% na
produção em relação ao mesmo período do ano anterior. Já Santa Catarina,
onde o maior volume de milho é produzido na 1 safra, também há expectativa
de boa produtividade no Estado, em razão do investimento em sementes de alta
tecnologia, com perspectiva de rendimento médio próximo de 7.718 kg/ha, um
aumento de 9,9% em relação a safra anterior. Para a 2 safra, espera-se um
aumento de 37,1% frente ao ano anterior.

SOJA (em grão) – A terceira estimativa de produção para 2017 segue
otimista, com a expectativa de 9,6% de aumento em relação à produção em
2016, podendo alcançar 104.915.837 toneladas. Há possibilidade de novo recorde
na produção nacional do grão no próximo ano. No Mato Grosso, principal
estado produtor, a previsão é de que a produção cresça 10,6%, chegando a
29.050.148 toneladas.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa
mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos
agrícolas, com informações obtidas por comissões municipais e regionais e
avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle
e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por
representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do
Abastecimento (MAPA). Os levantamentos para cereais (arroz, milho, aveia,
centeio, cevada, sorgo, trigo e triticale), leguminosas (amendoim e feijão) e
oleaginosas (caroço de algodão, mamona, soja e girassol) foram realizados em
colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério
de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, continuando um processo de
harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em março de 2007. As
informações partem da assessoria de comunicação social do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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