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GRÃOS: Lideranças do agronegócio e produtores levantam custos em SC – Faesc

18 de junho de 2021
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Porto Alegre, 18 de junho de 2021 – Três painéis de levantamento dos
custos de produção do Projeto Campo Futuro foram realizados nesta semana, de
forma virtual, em Santa Catarina. Desenvolvido pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (CEPEA), a iniciativa contou com a parceria do Sistema
FAESC/SENAR-SC e Sindicatos Rurais. A proposta é calcular os custos de
produção nas propriedades e disponibilizar informações para os produtores
sobre o mercado. Outros sete painéis estão programados para julho e agosto em
seis municípios.

Os dois primeiros painéis da semana discutiram as culturas de soja, milho
e trigo em Xanxerê (dia 15) e Campos Novos (dia 16). Na quinta-feira (17), o
evento, realizado em Tubarão, focou no custo de produção de arroz. Os
encontros contaram com a participação de lideranças, técnicos e produtores
rurais dos municípios envolvidos.

Na abertura de cada encontro, o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo,
o vice-presidente Enori Barbieri e os presidentes dos Sindicatos Rurais dos
três municípios destacaram a importância da iniciativa para que os produtores
minimizem riscos e assegurem rentabilidade, tendo como base um estudo local.

Pedrozo reforçou que o Campo Futuro traz informações valiosas sobre
custos de produção. Reconheceu a importante parceria entre a CNA e o CEPEA que
oferecem condições para que o setor conheça os dados e valorizou o papel dos
técnicos que vão até os produtores fazer um trabalho de grande
representatividade. “É uma iniciativa que permite a geração de informação
para a administração de custos, riscos de preços e gerenciamento da
produção. Com isso, o produtor tem subsídios para tomar as melhores
decisões”, observou.

CAMPOS NOVOS

O assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas
da CNA, Fábio Carneiro, destacou que em Campos Novos, as lavouras no geral
tiveram um bom resultado na safra 2020/2021. No milho 1 safra, a expectativa
era colher de 180 a 200 sacas por hectare, mas o resultado médio ficou em 110
sacas. Os danos da cigarrinha do milho e um período de estiagem no
desenvolvimento vegetativo reduziu o potencial produtivo das lavouras”,
explicou.

De acordo com a análise das culturas, os produtores do município devem
aumentar a área plantada de milho 1 safra na próxima safra. “A perspectiva
é ter bom resultado, mas o controle da cigarrinha ainda preocupa e afeta na
decisão de plantio”, ressaltou Carneiro.

O levantamento identificou ainda que os custos com insumos para a soja
subiram quase 15% e que a praga tripes (Thysanoptera) tem sido registrada no
campo com mais frequência pelos produtores da região. Já nas culturas de
inverno, trigo e aveia apresentaram bons resultados e conseguiram pagar o custo
total.

XANXERE

Em Xanxerê, região mais afetada pela cigarrinha em 2021, a perspectiva é
a redução em até 20% da área plantada do milho na próxima safra. “Os
produtores apontaram que estão selecionando o material que será plantado na
próxima safra, com foco em resistência à cigarrinha, deixando de lado a
produtividade. Isso pode afetar de certa forma a produção para o próximo ano
na região”, afirmou o coordenador do Campo Futuro, Thiago Rodrigues.

O painel mostrou também que o uso do seguro rural é pouco efetivo, uma
parcela reduzida de produtores fez uso dessa ferramenta, apenas aqueles que
possuíam parte da safra financiada por instituições que trabalham com
crédito oficial. Tal situação, por exemplo, limita o produtor a utilizar os
benefícios do Proagro, avalia Rodrigues.

Em relação aos custos, para soja o levantamento apontou que 57% do Custo
Operacional Efetivo (COE) foram referentes ao desembolso com insumos, e desse
desembolso, o gasto com fertilizante ocupou 38%. A produtividade média da soja
foi de 58 sacas por hectare.

O milho fechou o COE com um desembolso maior com insumos, 62% desse custo e
o destaque também foi o gasto com fertilizantes. A expectativa dos produtores
no início da safra era colher acima de 200 sacas por hectare, mas o resultado
obtido foi de 130.

“Nas outras culturas analisadas o destaque foi para o feijão. O
levantamento apontou uma produtividade de 22 sacas por hectare, somada a um
preço favorável, trouxe bons resultados financeiros para o produtor. Já para
o trigo, apenas as despesas de desembolso foram cobertas, apesar de a
produtividade ter sido boa, com 55 sacas por hectare”, ressaltou Rodrigues. As
informações partem da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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