safras

GRÃOS: Milho e soja em SC têm os maiores preços desde dezembro de 2016

3 de maio de 2018
Compartilhe

Porto Alegre, 3 de maio de 2018 – Valorização nos preços de milho e soja
é comemorada pelos agricultores do estado. Os produtores que decidiram
investir na plantação de grãos já recebem em torno de R$ 77 pela saca de
soja e R$ 35 pela saca de milho – os maiores preços desde dezembro de 2016.

Principal insumo para abastecer as cadeias produtivas de carnes, o milho é
o grão de ouro de Santa Catarina. Com um consumo de 6 milhões de toneladas
por ano e uma produção que gira em torno de 3 milhões de toneladas, Santa
Catarina é o maior importador de milho do país.

Se de um lado as agroindústrias, suinocultores e avicultores pagam mais
caro pelo grão, do outro os produtores de milho comemoram a alta nos preços.
O cenário da produção de milho no país é complexo e itens como o
crescimento das exportações brasileiras de grãos, o milho destinado à
fabricação de etanol e a perda de área plantada na safra de verão levaram os
preços do insumo aos maiores patamares desde 2016. “No setor produtivo de
proteína animal, produtores e consumidores de grãos devem formar uma parceria
que se fortaleça quando existe rentabilidade para ambos”, ressalta o
secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

Os preços de hoje costumam interferir também na próxima safra de milho.
Normalmente, em anos em que o preço é baixo, como foi em 2017, os produtores
acabam não investindo na produção de milho e buscando culturas mais
rentáveis – o que diminui a oferta do grão no país. E foi justamente isso
que aconteceu em Santa Catarina. Esta safra tem uma área plantada 14,4% menor
e a produção deve cair 20,5% em relação ao ano anterior.

“A recuperação dos preços da soja e do milho dá ao produtor rural um
incremento na renda e como conseqüência estimulará o aumento na produção na
próxima safra, com uma maior área plantada e com emprego de tecnologias que
impulsionam a produtividade. Quando os preços estão muito baixos certamente
gera uma preocupação no setor, pois isso pode contribuir para o aumento do
déficit de milho em Santa Catarina”, explica Airton Spies.

Segundo o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola
(Epagri/Cepa), Haroldo Elias, o comportamento do clima na segunda safra
brasileira e o andamento da safra americana irão influenciar os preços do
milho nos próximos 30 dias. Por enquanto, a tendência é que o preço se
mantenha estável.

Incentivo do Governo do Estado

Santa Catarina, além de consumir todo milho que produz, ainda traz de
outros estados e países mais de 3 milhões de toneladas do grão para suprir a
necessidade do setor produtivo de carnes. Por isso, os estímulos ao aumento da
produção local são fundamentais.

A Secretaria da Agricultura e da Pesca continua investindo em programas de
fomento, como o Terra-Boa, para ampliar a produção de milho no estado dando
sustento às cadeias produtivas de proteína animal. Só este ano, o Terra-Boa
irá apoiar a aquisição de 220 mil sacas de sementes de milho.

Soja

Principal concorrente do milho nas lavouras catarinenses, a soja ganha cada
vez mais espaço no estado. Nesta safra, Santa Catarina deve chegar a 706 mil
hectares cultivados, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas – 4,7% a
mais do que no último ano.

A região Oeste – principalmente em torno de Xanxerê – concentra a
maior produção do estado com 522 mil toneladas em 148,2 mil hectares. É
também nesta região que se observa uma diminuição de 25,5% na área plantada
de milho.

Os preços da saca de soja são os maiores desde julho de 2016 e já chegam
a uma média de R$ 77/ saca. Haroldo Elias comenta que a alta nos preços da
soja são resultado da queda na produção no Sul do país e também das
relações entre China e Estados Unidos, que acabaram contribuindo para a
valorização da soja brasileira. Com informações da assessoria de imprensa da
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2018 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 16/05/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,42

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.835,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.250,00

Milho Saca

R$ 71,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 15/05/2025 09:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria