Porto Alegre, 2 de dezembro de 2015 – O Instituto Mato-Grossense de
Economia Agropecuária (Imea) apresentou nesta terça-feira (1) o “Agro MT
Outlook 2025”. Trata-se de um estudo realizado pelo Imea em parceria com o
Departamento de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com
projeções de crescimento das produções agrícola e pecuária do Estado de
Mato Grosso.
Além de ser uma forma de orientar os produtores sobre o futuro da
produção agropecuária, o trabalho tem o objetivo de contribuir para atrair
novos investimentos e estimular a implantação de políticas públicas para o
setor.
Segundo o estudo, para os grãos o Estado deve aumentar a produção de
44,6 milhões de toneladas (t) na safra 2013/14 para 84,7 milhões de toneladas
na safra 24/25, o que representa um acréscimo de 90%. O incremento da área de
soja está estimado em 5,2 milhões de hectares, passando de 8,63 milhões de
hectares para 13,81 milhões de hectares. No caso da produção de fibras, o
aumento estimado é de 57,3% até 2025 (de 2,4 milhões de toneladas para 3,8
milhões de toneladas), mantendo a sua grande participação na produção
brasileira.
Para as carnes, a evolução projetada até 2025 é de 71%, saindo de uma
produção estimada de 2,1 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas,
com maior crescimento em aves e suínos. A produção de carne bovina deve ter
crescimento de 46% no período.
O crescimento de quase 90% na agricultura representa uma mudança
estrutural em algumas regiões do Estado, principalmente nos municípios de
pecuária. “A entrada da agricultura em municípios de pecuária gera uma
dinâmica diferente que acaba impactando na economia local e contribui na
geração de renda e emprego. Com o aumento da economia pela agricultura nesses
municípios, isso vai acabar externalizando para todo o Estado”, avalia o
superintendente do Imea, Otávio Celidonio.
Mas vale destacar que embora haja uma grande tendência de aumento de área
agrícola em substituição às áreas de pastagens degradadas, demonstrando
uma perda de espaço para a pecuária, haverá crescimento de produção de
carne, especialmente bovina.
Segundo o presidente do Sistema Famato Rui Prado, a perspectiva para 2025
é positiva. “O agronegócio é um motor da economia, representa mais de 50%
da geração de riqueza e deve continuar sendo o ator principal. O setor é
puxado pela cadeia de grãos, como a soja e o milho, e deve continuar gerando
emprego e renda para toda a população”.
A produção de milho também deve crescer. Hoje são utilizados 35% da
área da soja para a produção de milho, o que deve chegar próximo a 40%.
Além disso, o milho tem aumentado muito de produtividade, hoje chega em torno
de seis mil quilos e a tendência é crescer, diminuindo a distância da
produtividade dos países temperados que produzem em torno de 10 mil t/ha.
A suinocultura tende a crescer internamente. Por conta disso, Celidonio
acredita no aumento mais expressivo, porém sem muitas facilidades. “A
suinocultura é uma atividade que tem ciclos marcados que mostram o aumento da
produção e da renda, assim como as quedas muito rápidas. É um caminho não
muito fácil, mas esperamos o crescimento”.
Impactos mundiais
Segundo a FAO, a população mundial deve crescer e passará de 7,3
bilhões em 2015 para 8,1 bilhões em 2025. “É um número bastante
expressivo. A população está crescendo e precisa se alimentar. Nós sabemos
que Mato Grosso tem grande potencial para produção de alimento”, disse o
presidente do Sistema Famato Rui Prado.
Rui Prado reiterou ainda o compromisso do setor com o meio ambiente e o
crescimento sustentável. “Temos como exemplo a integração da agricultura,
pecuária e floresta que já é uma prática adotada no Estado de Mato Grosso. O
produtor rural reutiliza as áreas de pecuária degradas para a agricultura e
isso impacta diretamente na conservação do meio ambiente e na redução da
emissão de gases de efeito estufa”, destacou. As informações partem da
assessoria de imprensa da Famato.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/07/2025 09:10