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GRÃOS: Paraná poderá colher 23,6 milhões de toneladas em 2016/17 – Deral

1 de março de 2017
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Porto Alegre, 1 de março de 2017 – Segundo informações do Departamento
de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e
Abastecimento do Paraná, o estado deverá colher 23,6 milhões de toneladas de
grãos na safra verão de soja, milho e feijão, volume 16% acima do ano
passado, quando foram colhidos 20,25 milhões.

A intensificação da colheita de soja está revelando produtividades
surpreendentes no Paraná e a expectativa de produção para a soja, da safra
2016/17, foi reavaliada para cima. A previsão de safra recorde, que apontava
para uma colheita de 18,3 milhões de toneladas, foi estendida para 18,6
milhões de toneladas, com potencial de superar os 19 milhões, volume nunca
antes colhido no Estado.

Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto
Ortigara, essa expectativa de produção é excepcional, baseada no aumento da
produtividade em função de um clima extremamente favorável e aplicação de
tecnologia por parte do produtor.

Segundo ele, o clima, com um inverno mais rigoroso, no ano passado,
contribuiu para a redução de pragas e doenças para quase todas as culturas
este ano. E com a regularização do clima no período de colheita, o rendimento
está acima da média. O diretor do Deral, Francisco Simioni, disse que a
supersafra de grãos que está sendo colhida no Paraná continua oferecendo
oportunidades de bons negócios aos produtores, muito embora neste mês os
preços do milho e da soja tenham sofrido pequenas baixas, influenciados
principalmente pela desvalorização do Dólar frente ao Real.

Simioni ressalta que se de um lado os produtores estão de olho nas
cotações e evoluções do mercado, de outro estão os consumidores, na
expectativa de preços mais baixos para os derivados de milho e soja, pois com a
tendência de preços menores no mercado externo, a dependência do mercado
interno aumenta”.

A produtividade melhor que vem se configurando nesta safra é um fator
muito positivo e vai colaborar para diminuir os impactos dos preços mais baixos
devido a supersafra e o real mais valorizado, ou seja, os ganhos de
produtividade devem funcionar como um amortecedor para atenuar o impacto das
cotações menores, acrescentou Simioni.

SOJA

Segundo o Deral, a expectativa atual de produção aponta para uma colheita
de 18,6 milhões de toneladas, 300 mil toneladas acima da expectativa divulgada
no mês passado. Foi plantada uma área de 5,25 milhões de hectares e cerca de
31% dessa área já foi colhida.

De acordo com o técnico Edmar Gervásio, a média de produtividade da soja
nas áreas já colhidas é de 3,6 mil quilos por hectare, cerca de 13% acima do
ano passado, que corresponde a um aumento de 100 quilos por hectare na média
de colheita registrada na safra anterior.

Mas tem áreas onde a colheita revela produtividade acima da média.
Segundo Gervásio, em Cascavel, onde já foi colhida 56% da área plantada, a
média obtida está em torno de 3,7 mil quilos por hectare. Em Campo Mourão, a
maior região produtora de soja, também está com essa mesma produtividade.

O engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, afirma que a
produtividade de soja no Paraná pode surpreender ainda mais, à medida que a
colheita avançar para outras regiões do Estado.

Já a comercialização não está acompanhando o ritmo do avanço da
produtividade. Este ano, os produtores venderam cerca de 19% da safra neste mês
de fevereiro, que correspondem a metade do ano passado, quando foram vendidos
41% da produção.

Segundo Gervásio, o produtor está segurando a comercialização,
esperando reação nos preços. Atualmente, o preço da soja oscila entre R$
63,00 a R$ 65,00 a saca nas várias regiões do Estado, mas o produtor tem a
expectativa de reação para cerca de R$ 70,00 a saca como estava no ano
passado.

MILHO

A produtividade do milho também está surpreendendo. A colheita do milho
já avançou sobre 14% da área plantada na primeira safra, que foi de 500 mil
hectares, com produtividade em torno de 9,4 mil quilos por hectare, superior ao
rendimento inicial máximo previsto que era de 9,2 quilos por hectare.

Segundo o Deral, em Guarapuava, na colheita ocorrida na região do distrito
de Entre Rios, a produtividade verificada oscila entre 14 mil a 15 mil quilos
por hectare, equivalente à produtividade das lavouras americanas, comparou o
técnico. A previsão de produção do Deral é de 4,4 milhões de toneladas de
milho na safra de verão.

De acordo com Gervásio, a produtividade elevada é explicada pela
recomposição das perdas ocorridas no ano passado e pela regularidade do clima,
com chuvas alternadas com temperaturas elevadas, situação que está
beneficiando todas as culturas.

O técnico explica uma peculiaridade que houve com o clima nesta safra de
verão, que está beneficiando particularmente as lavouras de milho. Gervásio
diz que houve um período de frio entre os meses de novembro de dezembro do ano
passando, quando as lavouras foram plantadas. As baixas temperaturas alongaram o
ciclo de desenvolvimento do milho, o que contribuiu para aumentar o potencial
produtivo das plantas nesse período de finalização das lavouras,
beneficiando-as com chuvas regulares e temperaturas altas. “O que poderia
prejudicar o milho lá traz, acabou ajudando com a chegada do calor e da
chuva”, disse Gervásio.

No Paraná, a venda da primeira safra de milho tem a característica de
abastecer o mercado interno e a segunda safra, que já está sendo plantada,
além do mercado interno, também é exportada para outros Estados ou para
outros países. Atualmente o preço do milho oscila entre R$ 25,00 a R$ 26,00 a
saca, mais baixo que em igual período do ano passado, quando era vendido entre
R$ 30,00 e R$ 32,00 a saca.

Apesar dessa redução, o produtor está com ganhos positivos, turbinados
pela elevada produtividade. “Quanto maior a produtividade, mais o produtor
ganha”, explicou o técnico.

Segundo Gervásio, o produtor que está plantando a segunda safra de milho
está de olho em reação de preços no mercado futuro. As vendas antecipadas
caíram drasticamente. Este ano, apenas 1% da segunda safra foi vendida
antecipadamente, enquanto no ano passado 19% da segunda safra já havia sido
vendida nessa mesma época.

No Paraná deverão ser plantados em torno de 2,28 milhões de hectares na
segunda safra, sendo que 48% já foi concluída. A expectativa de produção é
de 13,2 milhões de toneladas, cerca de 30% acima da safra anterior, que
corresponde a um volume adicional de 3,2 milhões de toneladas de milho no
mercado.

No ano passado, nessa mesma época, cerca de 69% da área da segunda safra
já estava plantada, situação que não está ocorrendo agora em função do
ciclo mais alongado da soja, que está colhendo com cerca de 10 dias de atraso.

FEIJÃO

A colheita da primeira safra de feijão 16/17 está praticamente
concluída, com uma produção 23% acima do ano passado, também revelando alta
produtividade. Este ano, foram colhidas 361.644 toneladas de feijão na primeira
safra, contra 293.833 toneladas em igual período do ano passado.

A área plantada cresceu 7%, passando de 185 mil hectares plantados no ano
passado, para 198 mil hectares plantados este ano. E a produtividade alcançada
foi 12% maior, ao redor de 1.827 quilos por hectare, em média.

Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, essa
produtividade seria maior ainda não fosse o clima mais frio e chuvoso ocorrido
na primavera. “Mas de lá para cá, o clima ajudou e produtividade
melhorou”, disse.

A comercialização está mais devagar, em relação ao ano passado, com
isso o produtor está operando no azul. O feijão de cor, em fevereiro, está
sendo comercializado em média ao preço de R$ 103,62 a saca e o feijão preto,
em R$ 123,63 a saca.

No ano passado nessa mesma época, 73% da safra já estava vendida, e este
ano, 62% da safra já foi comercializada. “Isso porque aumentou a oferta de
feijão no mercado e os preços estão em queda, imprimindo um ritmo menos
acelerado nas vendas”. “Mas ainda assim os preços estão superiores aos
custos de produção”, disse o técnico. O custo de produção, incluindo
desembolso com insumos e mão de obra no campo, está em torno de R$ 91,39 a
saca.

A segunda safra de feijão plantada ano Estado deve alcançar uma área de
204 mil hectares, sendo que 82% desse plantio já foi concluído. Esse patamar
revela um atraso em relação ao mesmo período do ano passado, quando 92% da
área prevista já estava plantada.

A expectativa de produção para a segunda safra de feijão é de 407.771
toneladas, volume 37% maior que no ano passado, quando foram colhidas 297.321
toneladas. Na contabilidade das três safras de feijão plantadas no Estado,
Salvador acredita que pode haver reavaliação da produção em função do
aumento de produtividade, que este ano está 25% maior em função do clima.
Segundo ele, o clima está favorecendo a recomposição da produção.

A expectativa para as três safras é colher um volume total de 765 mil
toneladas, cerca de 29% a mais que no passado, quando foi colhido um total de
593 mil toneladas. Segundo o Deral, o Paraná é um regulador de mercado, pois
é o primeiro produtor nacional de feijão. A Conab prevê um adicional de 764
mil toneladas de feijão no mercado este ano, exatamente o volume produzido no
Paraná, afirmou Salvador. As informações partem da assessoria de imprensa da
Seab/PR.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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