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GRÃOS: Programa Milho e Feijão pode render R$ 120 mi aos produtores do PR

18 de maio de 2016
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Porto Alegre, 18 de maio de 2016 – O Sindicato Interestadual da Indústria
do Tabaco (SindiTabaco) apresentou nesta terça-feira, 17 de maio, os números
da safrinha de grãos cultivados após a colheita do tabaco no Paraná.

O evento ocorreu em Ipiranga, na propriedade de Edenilson Scheifer, na
Colônia Scheifer, com presença de representantes do governo do Estado, da
Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), da Federação da
Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e do Instituto Paranaense de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), prefeito, imprensa e
produtores rurais.

Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do
Tabaco (SindiTabaco), a safrinha paranaense teve o plantio de 18 mil hectares de
milho e 9 mil hectares de feijão. No Paraná, com uma produtividade média do
milho estimada em 6,1 toneladas por hectare, o resultado deverá chegar a 110
mil toneladas. Considerando o preço médio de R$ 615,00 por tonelada, o
rendimento por hectare é estimado em R$ 3.754,00, e o total da safrinha de
milho pode chegar a R$ 67 milhões. Em relação ao feijão, a produtividade
projetada é de 2,2 toneladas por hectare, com safra de 21 mil toneladas. Ao
preço médio de R$ 2.550,00 por tonelada, o rendimento médio esperado é de R$
5.708,00 por hectare e o total da safra de feijão poderá chegar a
aproximadamente R$ 52 milhões.

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o programa Milho e Feijão
tomou forma com o tempo e proporcionou benefícios para os produtores: “O
programa Milho e Feijão tem trinta anos de história e ficou mais encorpado,
sendo difundido para todos os produtores. O Paraná poderá ter geração de
renda de R$120 milhões de reais para os produtores. Dessa forma, consideramos
os resultados obtidos positivos. ”

O representante da FETAEP e presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Ipiranga, José Amauri Denck, ressaltou a importância do plantio de
Milho e Feijão: ” A FETAEP vê com bons olhos e apoiamos a continuidade do
programa. ”

O presidente do Sindicato de Irati, Mesaque Kcot Veres, reforçou seu apoio
à iniciativa: “Temos a certeza de que esse plantio traz resultados positivos
e temos que apoiar e incentivá-lo.”

O gerente da filial da Afubra em Imbituva, Lázaro Ramon Böck, colocou-se
à disposição para auxiliar os produtores: “Somos parceiros e buscamos
divulgar sempre a importância da diversificação rural e seus benefícios.
Estamos à disposição para auxiliar os produtores para o desenvolvimento de
suas plantações de milho e feijão.”

O Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto
Anacleto Ortigara comentou: “Essa iniciativa evita a erosão do solo e é uma
atitude racional a utilização da resteva do tabaco para cobrir o solo e
cultivar outras safras. ”

O prefeito de Ipiranga, Roger Selski confirmou seu apoio: ” Nós
defendemos e defenderemos iniciativas como essa do SindiTabaco, que são
benéficas para a economia do nosso município. ”

REGIÃO SUL

Considerando as regiões produtoras de tabaco no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, foram cultivados 127 mil hectares de milho e 25 mil hectares
de feijão, com expectativa de rendimento de R$ 520 milhões para o milho e R$
130 milhões para o feijão. Nas regiões fumicultoras, os produtores praticam
também outros cultivos pós-tabaco, com destaque para a soja e as pastagens
para alimentação dos animais. O levantamento apontou que nos três estados
sul-brasileiros, 68 mil hectares são utilizados para pastagens, sendo que 5 mil
hectares são no Paraná.

SOBRE O PROGRAMA

Conduzido pelo SindiTabaco, o Programa Milho e Feijão foi criado para
incentivar a diversificação e a otimização no aproveitamento dos recursos
das propriedades rurais. No Paraná, são parceiros o governo do Estado, a
Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), a Federação da
Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e o Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater). A ação reúne a estrutura de campo das
empresas associadas ao SindiTabaco e das entidades apoiadoras, que divulgam as
vantagens do plantio da safrinha e incentivam a prática de diversificação da
propriedade.

BENEFICIOS PARA O PRODUTOR

O cultivo nas áreas onde foi colhido o tabaco reduz os custos de
produção dos grãos, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes
aplicados. Consequentemente, pode haver redução de custo na produção de
proteína (carne, leite e ovos), com a utilização do milho da safrinha e das
pastagens no trato animal. Outros benefícios são a proteção do solo contra a
erosão e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas
daninhas. Com informações da assessoria de imprensa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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