Porto Alegre, 16 de abril de 2019 – A Rota do Milho está se tornando
realidade em Santa Catarina, o trajeto diminui os custos logísticos para a
importação do grão e abastecimento das agroindústrias no estado. O Governo
catarinense busca agora apoio federal para melhorar os serviços prestados na
aduana de Dionísio Cerqueira, porta de entrada do milho vindo do Paraguai.
Esse foi um dos assuntos tratados na sexta-feira (12), pela
vice-governadora Daniela Reinehr e o secretário de Estado da Agricultura e da
Pesca, Ricardo de Gouvêa, durante audiência com a ministra da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e com o secretário executivo do
Ministério da Economia, Marcelo Pacheco dos Guaranys, em Brasília.
“Foi um dia muito produtivo. Tivemos encaminhamentos importantes sobre a
Rota do Milho, para viabilizarmos e melhorarmos o processo de entrada do grão
em Santa Catarina. Além disso, tratamos de questões relativas ao setor
pesqueiro, defesa agropecuária e políticas de crédito fundiário. Temos um
prazo para recebermos as respostas do Governo Federal e estamos otimistas de que
vamos avançar em várias questões. O Governo do Estado segue empenhado para
que o nosso agronegócio continue sendo referência para o Brasil e para o
mundo”, ressalta a vice-governadora Daniela Reinehr.
Rota do Milho
Os catarinenses apresentaram à ministra da Agricultura e ao secretário
executivo do Ministério da Economia uma proposta para garantir a inspeção
sanitária na entrada dos produtos no Brasil e também para agilizar o
atendimento na Aduana de Cargas Integradas de Dionísio Cerqueira.
Segundo o secretário Ricardo de Gouvêa, os investimentos em logística
para melhorar o transporte de milho são fundamentais para manter a
competitividade do agronegócio catarinense. “Santa Catarina é um gigante na
produção de carnes. Nossos produtos são exportados para os mercados mais
exigentes do mundo. Para mantermos essa produção nós temos que buscar
soluções para o abastecimento de grãos e a Rota do Milho é uma alternativa
importante, que reduz custos para os produtores catarinenses”.
Santa Catarina produz em média três milhões de toneladas de milho por
ano e utiliza sete milhões na alimentação de suínos e aves – o consumo
diário gira em torno de 18 mil toneladas. Com a implantação da Rota do Milho,
o estado poderá ser abastecido pelo Paraguai, com os caminhões passando pela
Argentina e chegando a Santa Catarina pela aduana de Dionísio Cerqueira. O
percurso do grão pelo modal rodoviário do Centro-Oeste até Santa Catarina
deverá reduzir de aproximadamente dois mil quilômetros para 350km.
“Buscar uma alternativa para o abastecimento de grãos é fundamental para
o agronegócio catarinense. Somos um grande produtor de proteína animal e a
Rota do Milho representa um corredor de oportunidades para Santa Catarina”,
destacou a vice-governadora.
Sanidade Animal
Santa Catarina reforça a defesa agropecuária e se prepara para a retirada
da vacinação contra febre aftosa no restante do país. Durante a passagem por
Brasília, a vice-governadora Daniela Reinehr e o secretário Ricardo de
Gouvêa defenderam a posição do estado na execução do Programa Nacional de
Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA). Os catarinenses se manterão como uma
zona separada na execução do Programa.
O Programa de Erradicação da Febre Aftosa está em andamento e prevê que
a vacinação contra a doença seja suspensa gradativamente no Brasil, até que
em 2023 o país seja reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação. Mesmo status conquistado por
Santa Catarina em 2007.
Para efeito de discussão técnica, Santa Catarina faz parte do bloco V –
junto com Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Porém,
como Santa Catarina já tem o reconhecimento da OIE, a decisão do Governo do
Estado, iniciativa privada e produtores é de que o estado mantenha uma
certificação independente do restante do país. Isso garante que, por exemplo,
em caso de ocorrência de febre aftosa em outro estado, a certificação
internacional catarinense não seja afetada.
“A retirada da vacinação dos demais estados traz uma grande
preocupação para Santa Catarina. Iremos reforçar nossa defesa agropecuária,
porém é preciso atentar para alguns pontos técnicos que devem ser avaliados
antes de os estados pararem de vacinar. Solicitamos à ministra Tereza Cristina
que amplie as discussões para dar mais segurança ao agronegócio
catarinense”, explica o secretário Ricardo de Gouvêa. Com informações da
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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