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GRÃOS:Área de soja convencional deve crescer na safra 22/23 em Mato Grosso

13 de dezembro de 2021
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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2021 – Os prêmios atrativos e a alta
demanda por soja convencional no mercado europeu traz otimismo aos produtores
rurais brasileiros. O Instituto Soja Livre, entidade que fomenta a produção de
soja não-transgênica no Brasil, projeta área de 3% do total no Brasil e Mato
Grosso deve plantar 60% do total, já que é estado maior produtor do grão
convencional.

O produtor rural e diretor de Relações Internacionais do instituto,
Endrigo Dalcin, disse, em live da revista A Granja, que este nicho de mercado
está pagando prêmios remuneradores. “A Europa já começa a demandar um
volume de soja convencional que não encontra no mercado. Com a pandemia, a
India, nosso maior concorrente, deixou de exportar e abriu esta oportunidade
para os agricultores brasileiros”, informou.

Ele reforçou que o papel do Instituto Soja Livre é chegar a um ponto de
equilíbrio para que toda a cadeia da soja convencional seja adequadamente
remunerada e possa existir planejamento. “Atualmente, há falta de produto
porque durante três safras os prêmios foram desanimadores. Queremos que os
compradores europeus definam contratos mais longos, de dois a cinco anos, para
que todos os elos da cadeia possam se planejar, desde o sementeiro até as
empresas de armazenagem e logística”, frisou Dalcin.

O diretor revelou que, atualmente, os prêmios chegam a até US$ 6 a saca e
este é um valor interessante para o produtor rural. “Esse prêmio já foi de
10 ou 15 reais por saca o que desincentivou o plantio da soja convencional, mas
hoje o mercado está demandador e o agricultor pode fazer parte da lavoura para
a próxima safra”, disse.

Com a alta exponencial nos preços de insumos, o diretor avaliou como
oportunidade de agricultores migrarem para a soja convencional. O Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) já calculou que, apesar do
custo de produção da soja convencional ser 4% maior, a rentabilidade chega a
sete sacas por hectare frente à transgênica.

“Aqui em Mato Grosso temos utilizado tecnologias muito alta em
fertilizantes, temos uma base boa que dá para trabalhar um ano com menos
produto, sobreviver a esta elevação de custos e ver como será o mundo
pós-pandemia, que atrapalhou toda cadeia”, ponderou.

Outro desafio, segundo o diretor do Instituto Soja Livre, é abrir novos
mercados para a soja convencional. Ele explicou que a China está no radar dos
agricultores brasileiros, mas há um entrave em relação à tolerância. “A
soja convencional produzida no Brasil e exportada para a Europa tem um nível
mínimo de contaminação por soja transgênica tolerada, que é de 0,1% –
produzimos uma soja 99,9% livre de transgênicos. A China quer 100% convencional
e isso, em um mercado que produz muito transgênico, é impraticável. Tem que
haver uma tolerância na entrega e estamos tentando negociar isso com as
autoridades”, explicou.

A soja convencional exportada para a China será utilizada para consumo
humano porque, apesar do país produzir 13 milhões de toneladas, não é o
suficiente para abastecer o mercado interno.

“Esse despertar pode ser revertido em pagamento de prêmios, pois já
explicamos aos chineses que precisam pagar mais pela soja convencional, pois é
mais difícil de produzir e tem todos os percalços de um nicho de mercado. E é
soja totalmente rastreada, em cada etapa da produção é verificada se aquela
carga de soja está dentro do padrão de soja convencional”, finaliza Dalcin.

As informações partem da assessoria de imprensa.

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