São Paulo, 1 de março de 2022 – Um comboio militar de cerca de 60
quilômetros da Rússia se aproxima de Kiev, aumentando as tensões na Ucrânia.
A sede do governo de Kharkiv, segunda maior cidade do país, foi atacada
durante a madrugada. O governo russo resolveu dobrar a aposta, após seis dias
de ação no país vizinho e sem contabilizar o avanço esperado. A
inteligência americana calcula que Kiev deve cair entre um e quatro dias.
No mercado, petróleo e grãos sobem acentuadamente e as bolsas caem, ainda
avaliando os efeitos da nova onda de sanções do Ocidente à Rússia, que
inclui a exclusão dos russos do sistema bancário SWIFT. Além disso, diversos
países anunciaram o congelamento de contas russas no exterior.
A bolsa russa permanece fechada hoje e o rublo estancou o sangramento,
após a queda de 30% de ontem, quando a moeda da Rússia atingiu o menor patamar
na comparação com o dólar.
Às 8h25min, o petróleo para abril tinha alta de 3,29% em Nova York a US$
98,84 o barril. Em Londres, a alta era de 3,89%, com o Brent se mantendo acima
de US$ 101 na posição abril.
Na Europa, as ações registram baixas consistentes. Paris cai 1,9%;
Londres, 0,93% e Frankfurt recua de 0,94%. O dólar sobe na comparação com
outras moedas e o Index Dollar tinha alta 0,24%. Os índices acionários
americanos futuros operam no território negativo.
Commodities
As preocupações com o fluxo de grãos e oleaginosas produzidos na
Rússia e na Ucrânia seguem impulsionando os preços das commodities agrícolas
na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O movimento é liderado pelo trigo,
que sobe mais de 5% nas primeiras posições e atinge o maior patamar em mais de
14 anos.
O temor é que o conflito se estenda por um longo período e que as
exportações ucranianas fiquem impedidas. As sanções à Rússia acrescentam
temor sobre o comportamento da oferta global, com os compradores avaliando
alternativas de abastecimento de trigo, milho e oleaginosas. Os portos da
Ucrânia seguirão fechados durante o conflito e o mercado avalia também
problemas de logísticas no território ucraniano em decorrência dos ataques.
O milho s aproxima dos maiores patamares em 8 meses. A soja reflete o
comportamento do mercado mundial de oleaginosas. A preocupação com a oferta de
óleo de girassol suplanta a melhora nas condições climáticas na América do
Sul e pressionar as cotações futuras.
Os contratos com entrega em maio do trigo têm elevação de 4,49% e estão
cotados a US$ 9,76 por bushel. O milho tem alta de 2,42% a US$ 7,07 3/4. A soja
sobe 2,27% e tem preço de US$ 16,74 1/4 por bushel. O café tem alta de 1,35%
em Nova York. O açúcar tem ganho de 1,29% e o algodão recua 0,03%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS e Agência CMA
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 08/05/2025 09:40