Com a contínua queda produtiva de carne suína e a lenta recuperação setorial, importação chinesa de proteína produzida no Brasil baterá novos recordes em 2020, afirma Rabobank. Iniciativa visa atender à demanda doméstica do país asiático.
De acordo com o banco holandês, durante 2019 as importações chinesas de carne de porco totalizam 3,2 milhões de toneladas, o que em 2020 sofrerá aumento de 1 milhão.
Para o Valor Econômico, responsável por disponibilizar o levantamento realizado pelo banco, se for confirmada tal estimativa, a importação será equivalente a toda a carne de porco que o Brasil produz. O País atualmente se encontra na quarta posição entre os maiores exportadores da proteína no mundo.
Antes da epidemia de PSA (Peste Suína Africana), a China era responsável por cerca de 50% da produção mundial da proteína. De acordo com o governo chinês, foi produzido 42,5 milhões de toneladas de carne suína no ano de 2019, queda de 21,3% ante ao ano anterior, menor nível em 16 anos.
Segundo o analista do Rabobank, o plantel de porcos chinês começou a dar sinais de recuperação com a retenção de matrizes, onde o processo de retomada, no entanto, é demorado, o que continuará beneficiando exportadores brasileiros como Seara, BRF e Aurora.
“Para países como o Brasil, a crise provocada pela peste suína africana é uma oportunidade”, afirma o analista Wagner Yanaguizawa, do Rabobank. É estimado por ele que a produção de carne suína do Brasil crescerá 4% em 2020 e que as exportações aumentarão 15%, mesmo com o incremento dos custos de produção, puxados pelo milho usado na ração animal.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50