Porto Alegre, 17 de abril O Brasil receberá US$ 621 milhões do Novo Banco
de Desenvolvimento (New Development Bank – NDB), instituição financeira
criada em 2015 pelo grupo formado por Brasil, Rússia, India, China e África
do Sul, o BRICS. Nos três primeiros anos de operação da instituição, foram
aprovados quatro projetos brasileiros que abrangem as áreas de energia
renovável (eólica, solar e hidrelétrica), construção de estradas,
reconstrução de rodovia férrea, esgotamento sanitário, telecomunicações e
refinarias da Petrobras. Os dados são do estudo Arquitetura Financeira Conjunta
do BRICS: o Novo Banco de Desenvolvimento, lançado nesta quarta-feira, 17,
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo estima que o deficit de investimentos em infraestrutura nos
países em desenvolvimento seja de US$ 1 trilhão e US$ 1,5 trilhão por ano.
Criado para oferecer crédito a projetos de infraestrutura e desenvolvimento
sustentável nos BRICS e em outros países em desenvolvimento, o NDB aprovou,
entre 2016 e 2018, 30 projetos num total de US$ 8,1 bilhões. Segundo a
pesquisa, quase um terço do valor se destina a financiamentos no setor de
transporte, enquanto 26% é direcionado à energia limpa. Além desses setores,
o banco também é voltado para projetos contemporâneos nas áreas de
mobilidade urbana e rural, eficiência na oferta e uso da água, proteção
contra enchentes, infraestrutura (social e urbana) e produção limpa
(atividades poupadoras de emissão de CO2).
O Brasil, como um dos cinco acionistas do NDB, já aportou US$ 1 bilhão
até 2019 e deverá destinar mais US$ 1,050 bilhão para a instituição até
2022. Até o momento, o banco já recebeu aportes de US$ 5,3 bilhões de seus
sócios fundadores, e a meta de integralização do capital até 2022 é de US$
10 bilhões. “É o único banco em que o Brasil tem poder igualitário de
voto, entre os vários bancos multilaterais de que o país é acionista”,
destaca Luciana Acioly, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea e autora do
estudo.
Juntos, os países do BRICS têm uma participação de 33% no produto
global, 42% da população mundial e 43% de contribuição no crescimento do
produto global, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2018.
Escritório no Brasil
O NDB tem sede em Xangai, na China, além de um escritório em
Johanesburgo, na África do Sul. Em novembro de 2019, está prevista a
inauguração de um escritório no Brasil, na cidade de São Paulo. Há, ainda,
expectativa de criação de uma representação na capital federal. Em 2020, o
Brasil indicará o novo presidente do banco. As informações partem da
assessoria de imprensa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45