JAPÃO: BoJ mantém taxa a -0,1% e rendimentos de títulos a 0%

Porto Alegre, 17 de junho de 2022 – O Banco do Japão (BoJ) manteve sua
meta de taxa de juros de curto prazo em -0,1%, em comunicado divulgado hoje, e o
rendimento dos títulos de 10 anos em torno de 0%.

De acordo com a declaração do BoJ, que explica a decisão do banco, a
economia do Japão vem acelerando, mas ainda de forma cautelosa, refletindo os
efeitos da pandemia e aumento dos preços das commodities. “Exportações e a
produção das indústrias continuaram a aumentar como uma tendência, mas os
efeitos das restrições, do lado da oferta, se intensificaram ultimamente. O
sentimento empresarial teve uma pausa em sua melhora, principalmente devido ao
impacto das restrições do lado da oferta e do aumento dos preços das
commodities”.

Já do lado dos investimentos e lucros das empresas, segundo o banco, se
apresentam de forma mais elevada. Por outro lado, o emprego não vem respondendo
da mesma forma e está em ritmo mais fraco. O consumo das pessoas vem subindo.
“O consumo privado se recuperou, sobretudo no consumo de serviços, com a
diminuição do impacto da Covid”.

A inflação do Japão tem ficado, em média, de 2%, especialmente devido
ao crescimento dos preços de energia e dos alimentos. O BoJ diz que a economia
japonesa vai se recuperar em breve, “com o apoio do aumento da demanda externa,
condições e as medidas econômicas do governo, embora com a pressão do
aumento dos preços das commodities devido a fatores como a situação em torno
da Ucrânia”.

Na perspectiva do BoJ, incertezas como a guerra na Ucrânia e ainda o
impacto da Covid, ainda permanecem. “Nesta situação, é necessário prestar a
devida atenção à evolução dos mercados financeiros e mercados de câmbio e
seu impacto sobre a atividade econômica e os preços do Japão”.

Por fim, o banco central japonês continuará monitorando o cenário
externo e vai apoiar o financiamento, principalmente de empresas, e manter a
estabilidade nos mercados financeiros. “O BoJ não hesitará em tomar medidas
de flexibilização adicionais, se necessário; também espera manter as taxas
de juros de curto e longo prazos ou ainda abaixá-las mais”. Com informações
da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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