Agroindústrias e Cooperativas

Languiru orienta produtores de leite sobre as Instruções Normativas 76 e 77

16 de maio de 2019
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A produção leiteira do país vive uma fase de transição, visto que a intenção é conquistar mercados mais exigentes para ampliar as exportações. Para tanto, as propriedades rurais brasileiras estão passando por adequações determinadas pelas Instruções Normativas 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Diante desse cenário, o Setor de Leite do Departamento Técnico tem sido fundamental para orientar os produtores de leite da Cooperativa Languiru, com a organização de reuniões técnicas com os associados em diferentes localidades.

O ciclo de reuniões iniciou no mês de abril, com encontro na propriedade do associado Éderson Griebeler, em Linha Santa Manoela, município de Paverama, e tem continuidade em outras localidades, inclusive com o acompanhamento de profissionais da Emater/RS-Ascar e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Contagem bacteriana terá limite de 300 mil UFC

As reuniões são conduzidas pelo técnico em Agropecuária do Setor de Leite, Tiago Schneider, que aborda os procedimentos que os produtores devem adotar para se enquadrarem ao que estabelecem as INs 76 e 77. Ele atenta aos critérios de análise da qualidade do leite, em especial aos que dizem respeito às Unidades Formadoras de Colônias (UFC). “A contagem bacteriana deverá ficar abaixo de 300 mil UFC/ml. Será considerada sempre a média dos três últimos meses, contagem informada no extrato da Conta do Leite. Se a média dos últimos três meses estiver acima de 300 mil UFC/ml, o produtor deverá comprovar, por meio de nova análise, o enquadramento na exigência. Do contrário, a coleta será suspensa”, alerta.

Schneider acrescenta que o tempo de transporte e as condições de temperatura e coleta do leite interferem na proliferação de bactérias. As INs mantêm as contagens bacterianas máximas de 300 mil unidades por mililitro e 500 mil células somáticas por mililitro para o leite cru refrigerado. Entretanto, a Contagem Bacteriana (CPP) para o leite cru de silo na indústria ficará em 900 mil UFC/ml antes do processamento.

Boas Práticas de Fazenda

O técnico também endossa aspectos relacionados à gestão da propriedade rural e destaca a importância de aderir ao programa de Boas Práticas de Fazenda (BPF), promovido pela Languiru. Ressalta o processo de implementação das melhorias e a bonificação que a cooperativa paga aos associados que aderem ao projeto. “Hoje, cerca de 15% do leite envasado pela cooperativa vem de propriedades rurais que participam do BPF”, afirma.

Schneider observa que o programa contribui para estabelecer rotinas na propriedade, como manter a organização das instalações, adequar procedimentos e registrar tratamentos dos animais. A adesão ao BPF inicia com visita de implementação, quando são informadas as adequações para a propriedade rural. Após a efetivação das mesmas, ocorre a visita de auditoria, quando são verificadas as instalações, procedimentos de limpeza, manejo de ordenha e controle sanitário. “É uma forma de valorizar os associados que atendem às exigências e produzem matéria-prima de excelente qualidade”, frisa.

Tuberculose e Brucelose

Schneider ainda destaca a necessidade de realizar o teste de Tuberculose e a vacinação contra a Brucelose. Lembra que a convivência diária com o gado leiteiro aumenta o risco de transmitir essas doenças aos seres humanos. “Realizar o teste no rebanho é, antes de tudo, uma questão de preservação da saúde da nossa família”, conclui.

INs 76 e 77

As Instruções Normativas 76 e 77 do Mapa alteram a forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru, passando a vigorar no dia 30 de maio. O cumprimento às novas regras é essencial para evitar a descontinuidade da atividade leiteira, dividindo as responsabilidades do processo produtivo e industrial entre a cadeia.

A Câmara Setorial do Leite solicitou ao Ministério da Agricultura um prazo de transição para que as indústrias de laticínios e produtores rurais se adequem. A principal preocupação refere-se às mudanças quanto à contagem bacteriana total do leite na plataforma e à temperatura de resfriamento e conservação do produto nas propriedades e no transporte.

Para o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, modernizar as atividades do leite é um avanço, seguindo o que já ocorre com a suinocultura e a avicultura. “A expectativa é de que exista um prazo de tolerância na implementação das novas regras, possibilitando que todos efetivamente tenham condições de atender às exigências das INs.”

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