Agroindústrias e Cooperativas

Languiru: uma aula sobre princípios, valores e números do cooperativismo

21 de outubro de 2015
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O 21° encontro do Programa de Sucessão Familiar da Cooperativa Languiru procurou ressaltar a expressão do cooperativismo e discutir as possibilidades do sistema no agronegócio. O grupo de jovens associados e filhos de associados da cooperativa teutoniense esteve reunido no final do mês de setembro na Associação dos Funcionários da Languiru, com orientação do consultor em pesquisa e gestão empresarial, professor Lucildo Ahlert. Na ocasião o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, também participou das atividades e contribuiu com o seu conhecimento e vivência em cooperativismo, especialmente com informações sobre a composição administrativa e setorial de uma cooperativa.

O surgimento e a expansão

Ahlert falou de movimentos que fundamentaram o cooperativismo, em especial a atuação de idealistas que defendiam propostas baseadas na ajuda mútua, igualdade, associativismo e autogestão. “O principal objetivo era o ser humano, e não o lucro. Ou seja, eles procuravam uma alternativa econômica para atuar no mercado frente ao capitalismo ganancioso, que aplicava preços abusivos, à exploração da jornada de trabalho de mulheres e crianças e ao desemprego crescente advindo da Revolução Industrial”, explicou.
Ele observou que o cooperativismo conquistou seu próprio espaço com o passar dos anos, sendo definido como uma nova forma de pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social. “Por sua forma igualitária e social, o cooperativismo passou a ser reconhecido como fórmula democrática para a solução de problemas socioeconômicos”, enalteceu.
O professor ainda observou que o cooperativismo está presente em mais de cem países, conta com mais de um bilhão de cooperados, sendo responsável por gerar mais de um milhão de empregos. Para complementar, citou exemplos de vários países onde o sistema virou sinônimo de desenvolvimento. “No Japão, as cooperativas agrícolas faturaram US$ 90 bilhões em 2015, sendo que 91% dos produtores rurais são cooperados e, em todo país, um terço das famílias é membro de cooperativas. Nos Estados Unidos, foram as cooperativas que levaram a energia elétrica ao meio rural, uma vez que 40% dos americanos são cooperados. No Canadá, um terço da população é membro de cooperativas de crédito e mais de 75% da produção de trigo e outros cereais do país passa pelas mãos de cooperativas de comercialização. Já na França, 90% da população é associada a uma cooperativa de crédito, enquanto que na Romênia as cooperativas de turismo e viagem são as primeiras do país”, enumerou.

A inserção no Brasil

Conforme Ahlert, as “sementes” do cooperativismo foram trazidas ao Brasil em 1610, pelos padres jesuítas, que tinham o propósito de criar um Estado onde prevalecesse a ajuda mútua. Mais tarde, em 1847, começaram a surgir diversas sociedades com esse espírito. “No ano de 1902 surgiu a primeira cooperativa de crédito do país, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt, na cidade de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. A partir de 1906, nasceram e se desenvolveram as cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários, muitos deles de origem alemã e italiana. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a se organizar em cooperativas”, definiu.

O cooperativismo brasileiro

Ahlert enalteceu que o cooperativismo brasileiro é representado por mais de 6,6 mil cooperativas, que somam 11 milhões de associados e geram 321 mil empregos diretos. As cooperativas brasileiras estão divididas em 13 ramos: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte, turismo e lazer. Todas são representadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) nacionalmente e pelas organizações estaduais (Oces) nas unidades da federação. “As cooperativas de produtores rurais caracterizam-se pelos serviços prestados aos associados, como recebimento ou comercialização da produção conjunta, armazenamento e industrialização, além da assistência técnica, educacional e social”, elucidou.

União de pessoas

O professor explicou que o cooperativismo é uma doutrina cultural e socioeconômica fundamentada na liberdade humana e nos princípios cooperativos. A doutrina é baseada na prática de ações em conjunto com outras pessoas com o mesmo objetivo, ou seja, na busca de objetivos em comum para todos. “A cooperativa é a união voluntária de pessoas com a finalidade de satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido”, complementou.
Por fim ainda foram abordadas questões de legislação, estatuto, assembleia geral, organograma e estrutura administrativa, ato cooperativo e autogestão, além das diferenças entre uma cooperativa e uma empresa privada, especialmente direitos e deveres dos associados.

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Dália Alimentos* - base leitão

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Alibem - base suíno leitão

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