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LOGISTICA: Ampliação da área agrícola vai movimentar cargas entre MG e ES

2 de março de 2021
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Porto Alegre, 2 de março de 2021 – O agronegócio é um dos motores da
economia brasileira e já mostrou resiliência e sua importância mundial, nos
últimos anos, com safras e exportações recordes.

Atenta a esse cenário, a VLI, controladora da Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA), executa um plano de desenvolvimento territorial sustentável para
aumentar a área agrícola de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Com o fomento da
atividade, a previsão é elevar o volume de cargas que circulam na Ferrovia
Centro-Atlântica (FCA) em direção aos portos do Espírito Santo.

“Esse projeto vai fortalecer a operação do corredor Centro-Leste e
gerar novos volumes no médio e longo prazo. Temos a estrutura pronta para
atender e a possibilidade de ampliar nosso serviço conforme a demanda. Com a
renovação antecipada da concessão da FCA, o Centro-Leste receberá
investimentos de R$ 4 bilhões, resultando em um grande ganho de eficiência no
transporte ferroviário de cargas na região”, afirma Marlon Tadeu, gerente
geral de Planejamento da VLI.

Até o momento, a VLI investiu R$ 2,7 milhões no processo. Os testes e
ações de fomentos são conduzidos pela Companhia de Promoção Agrícola –
CPA (CAMPO). O projeto pode revolucionar as regiões Norte e Noroeste de Minas
Gerais dinamizando a cadeia de produção. A base da iniciativa é a
utilização do pó de rocha (ou pó de basalto) como fertilizante natural para
o solo. Os basaltos são rochas silicáticas de origem vulcânica, de ampla
distribuição no país.

O Triângulo Mineiro concentra grande incidência desse tipo de material.
Essas rochas podem contribuir para a reconstrução da produtividade dos solos.
“Já identificamos pedreiras em Goiás que comercializam o item. Estamos
apoiando interessadas de Minas Gerais na oferta do pó de basalto. Essa é uma
das frentes de trabalho. É possível que no próximo ano tenhamos o início do
processo em uma escala maior”, aponta Marcos Ramos, engenheiro agrônomo e
consultor de projetos na Campo.

Uma fronteira agrícola à vista

Para o engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura e considerado o
“pai da agricultura moderna brasileira”, Alysson Paolinelli, o uso dessa
técnica será uma transformação importante para o Brasil garantir a
segurança alimentar global. “As projeções mundiais de aumento da
população e da demanda por comida mostram que precisamos mais do que duplicar
a nossa safra atual. O país tem essa responsabilidade e práticas como essa
vão aumentar a eficiência do agricultor”, explica.

A logística favorável para o basalto da região de Uberlândia, no
Triângulo Mineiro, associada a uma demanda a ser construída no Noroeste e
Norte de Minas Gerais, Sul da Bahia e Leste do Goiás resultam em um mercado
potencial de 10 milhões de hectares para a produção de grãos. A
remineralização do solo pode aumentar o espaço de cultivo. “Com projeções
conservadoras seria possível adicionar 6 milhões de toneladas na produção
agrícola nacional em um período de cinco anos”, estima Eduardo Calleia,
consultor em agronegócio.

Além da movimentação dos grãos do interior até o litoral capixaba, o
projeto viabiliza a comercialização e o fluxo do basalto dentro do estado.
Estudos estimam que a cada um milhão de hectares incorporado, há uma geração
de R$ 5 bilhões em receitas divididos entre a a produção agrícola,
empregos, aquisição de máquinas e logística.

De Minas até o mar pelos trilhos

A ferrovia é o modal mais adequado para transportar grandes volumes em
longos trechos. Por meio da FCA, parte da produção de Minas Gerais, São
Paulo, Mato Grosso e Goiás chega até o litoral. A nova produção agrícola
terá um escoamento eficiente até o Espírito Santo contando com a estrutura
dos terminais integradores de Pirapora e Araguari.

Suporte ao agro

Uma alternativa que pode vir a ser estudada futuramente para fortalecer
esse projeto é a extensão da malha da FCA da cidade de Pirapora até Unaí,
conectando Norte e Noroeste mineiros, gerando atratividade para empreendedores
logísticos do agronegócio. Para isso, uma opção poderia ser a adoção de
novos formatos em discussão atualmente, como o modelo de autorização previsto
no Projeto de Lei 261, o novo Marco Legal das Ferrovias. A proposta resultaria,
ainda, na ampliação do terminal de Pirapora. A unidade, que integra rodovia e
ferrovia, é um exemplo de fomento ao agronegócio regional. Há 10 anos, a VLI
inaugurou o ativo após recuperar 150 quilômetros da FCA entre Corinto e
Pirapora. O terminal movimenta cerca de um milhão de toneladas de grãos
anualmente. Entre 2008 e 2018, a área produtiva nas regiões Norte e Noroeste
saltou de 340 mil para mais de 700 mil hectares.
“Projetos como esse têm a capacidade de revolucionar as regiões. Aumenta a
produção, gera empregos, melhora a qualidade de vida das pessoas e estimula
toda uma cadeia de fornecedores”, Eduardo Calleia. Com informações da
assessoria de imprensa da VLI.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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