Porto Alegre, 15 de maio de 2019 – O presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse ontem que a
linha de crédito para empréstimos a caminhoneiros – para manutenção de
veículos – pode dobrar, dependendo da demanda. Atualmente, o valor
pré-aprovado do pacote de ajuda à categoria é de R$ 500 milhões. As
informações são da Agência Brasil.
O limite de cada empréstimo é de R$ 30 mil. “A gente deu uma
pré-aprovação de R$ 500 milhões podendo chegar a R$ 1 bilhão, sem a menor
dificuldade. Depende da demanda. Como todo banqueiro quero que o ativo que
emprestei tenha o máximo rendimento e mantenha o seu valor”, disse em
entrevista na sede do BNDES, no centro do Rio.
Levy lembrou que parte da compra de caminhões nos últimos anos foi
financiada com recursos do BNDES e, por isso, tem interesse em manter a
valorização dos veículos. “A ideia do empréstimo é dar condições para
ter certeza de que em um momento de desafio para o setor, o caminhoneiro vai ter
recursos para manter e preservar o capital dele”, disse.
Segundo o presidente, apesar do uso constante, um caminhão com a devida
manutenção pode durar até 12 anos. “Um caminhão que atrase um pouquinho a
manutenção do freio e começa a não ter o trabalho que precisa, é um capital
que se deteriora rapidamente, além, obviamente, de todos os problemas de
segurança nas estradas”, observou.
Levy adiantou que recebeu hoje a sinalização do Ministério da Economia
para liberar os empréstimos e ainda nesta terça-feira (14) vai se reunir com a
diretoria para finalizar o modelo que já foi aprovado e está pronto para ser
implementado. “A partir da semana que vem já está funcionando, porque a gente
já teve o ok de Brasília”, garantiu.
O valor de R$ 30 mil, segundo ele, foi definido com base na capacidade de
endividamento do caminhoneiro e também do custo da manutenção do veículo.
“O caminhão é o principal ativo que o caminhoneiro tem. É a fonte de renda
dele e a gente quer que aquilo esteja sempre em condições perfeitas”, disse.
Levy falou também sobre outra área em que o Banco deverá atuar mais, a
de saneamento. Ele lembrou que, recentemente, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, disse que o S na sigla BNDES tem que ser de mais investimentos em
saneamento.
“A gente quer abrir este mercado para o setor privado para, realmente,
poder levar o saneamento para todos os lugares do Brasil e não como hoje, ter
mais esse déficit de 30% a 40% da população que, por exemplo, não tem
esgoto. Trazer novas tecnologias novas maneiras de fazer isso de tal maneira que
tenha esgoto barato e diminua as doenças e a poluição. Para isso a gente
está trabalhando. Há muitas empresas privadas com interesse em investir no
saneamento, desde que as leis estejam corretas”.
Levy adiantou, que em princípio, a expectativa do banco é de desembolsos
na casa de R$ 70 bilhões, mas que o valor será reavaliado em junho.
O presidente do BNDES disse que tem conversado sobre saneamento com
diversos governadores para avaliar como atrair o setor privado. Ele deu o
exemplo do Amapá, estado onde a elaboração de um plano de saneamento, com a
participação do setor privado, está avançada.
As conversas também estão adiantadas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
“Aqui no Rio de Janeiro o governador tem demonstrado interesse em dar uma
solução para a Cedae que, inclusive, ajuda o estado, porque vai ter gente que
vai querer pagar para operar partes da Cedae, uma coisa muito bacana e
transformadora para a cidade e para o estado”.
Joaquim Levy também elogiou a iniciativa do governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite, que tem tido uma atuação “corajosa” e “eficaz” em
abrir os serviços públicos para trazer dinheiro do setor privado.
“Ele passou um referendo muito bacana na Assembleia do Rio Grande do Sul.
Acho que isso abre uma série de oportunidades e o BNDES vai estar presente,
assim como em Brasília, em todos os lugares em que o pessoal quer pensar em
coisas novas e trazer o setor privado em diversas formas para soluções para a
população brasileira. Assim a gente vai crescer”. As informações partem da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2019 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45