SAFRAS (22) – A trafegabilidade de embarcações na hidrovia Tietê-Paraná
foi tema de audiência realizada nesta quarta-feira (21) entre o presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner,
e o governador Marconi Perillo, entre outras autoridades. Representantes de
entidades solicitaram apoio do Governo de Goiás para a intervenção junto aos
órgãos competentes por medidas que devolvam à hidrovia suas plenas
capacidades de transporte.
Anualmente, a hidrovia transporta cerca de 6 milhões de toneladas de
produtos. Este ano, porém, o transporte de materiais já foi reduzido em 40% em
relação aos primeiros meses de 2013. Isso porque, como baixos níveis de
águas, as embarcações precisam trafegar mais leves, com menos carga. O
problema se agrava com a retenção de água nas usinas Três Irmãos e Ilha
Solteira, em São Paulo, para a produção de energia. “O transporte de cargas
pela Hidrovia Tietê-Paraná está quase parando. Se os produtos não descem
pelo rio, têm de ser transportados por caminhões e o custo da produção vai
às alturas. O que aumenta ainda mais os custos que já são bastante
elevados”, lamentou o presidente José Mário.
O consultor da Caramuru Alimentos, Joaquim Carlos Riva, explicou que o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou nota no último dia 16 de
maio determinando que o calado mínimo – distância mínima entre o ponto mais
profundo do navio e o nível da água na embarcação – passou de 2,2 metros
para 1,7 metros. Considerando que o ideal seria 2,7 metros, a nova medida
inviabiliza o tráfego das embarcações, que já estava operando em 60% de sua
capacidade. “Ou começamos a operar já, ou vamos perder o ano”, alertou Riva.
Entre as medidas solicitadas estão o aumento da medida do calado mínimo e
a liberação 4,8% das águas retidas nos reservatórios integrados da Ilha
Solteira e Três Irmãos. “Daremos prioridade a essa demanda”, declarou
Marconi Perillo. O governador se comprometeu a intervir junto à ONS e à
Agência Nacional de Águas (ANA) em busca de alternativas para o problema.
Também participaram da reunião os presidentes da Caramuru Alimentos,
Alberto Borges de Sousa, da Federação das Indústrias do Estado de Goiás
(Fieg), Pedro Alves de Oliveira, e da Associação Pró-desenvolvimento
Industrial do Estado de Goiás (Adial), César Helou, entre outras autoridades.
Transporte
A hidrovia Tietê-Paraná atravessa cinco estados brasileiros e possui
cerca de 2,4 mil quilômetros de extensão. Com vias navegáveis em Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Parará – ligadas ainda ao sul do Paraguai –
a hidrovia é a maior do Mercosul. Dessas localidades, as embarcações
transportam principalmente soja e derivados, milho, celulose, madeira e açúcar
para o porto de Santos (SP). Com informações da gerência de comunicação do
sistema Faeg/Senar.
(AB)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50