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LOGISTICA: Ferrogrão é fundamental para mitigar impactos socioambientais do escoamento no Brasil, diz Amport

31 de agosto de 2023
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Porto Alegre, 31 de agosto de 2023 – O presidente da Associação dos Terminais Portuários e
Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), Flávio Acatauassú, falou sobre a
importância da Ferrogão para o escoamento de grãos nas regiões Norte e Centro-Oeste do país em
audiência pública realizada nesta quarta-feira (30) no Senado Federal.

Em sua apresentação, o executivo falou sobre os custos logísticos envolvidos no transporte de
cargas do país e os custos da não implementação da Ferrogrão. Ao responder aos questionamentos,
explicou que a via rodoviária (BR 163) está com sua capacidade comprometida para atender à
crescente demanda de escoamento de grãos na região. “A Ferrogrão terá o mesmo traçado da BR
163. Não irá concorrer com a rodovia, mas sim complementar sua capacidade de transporte,
juntando-se aos modais rodoviário e hidroviário, atuando em conjunto para oxigenar os Portos”,
detalhou.

A Ferrogrão está projetada para interligar os Portos de Mirituba, no Pará, ao município de
Sinop, no Mato Grosso. A obra terá função estruturante importante para o escoamento da produção
de milho, soja, algodão, açúcar e etanol, assim como para movimentação de combustíveis,
fertilizantes e produtos manufaturados na Zona Franca de Manaus, dentre muitos outros.

Flávio também destacou os ganhos socioambientais que a ferrovia trará para o país. “A
Ferrogrão será fundamental para que possamos fazer esse transporte com sustentabilidade,
segurança e menor impacto ambiental. O modal ferroviário possibilita desenvolvimento com
sustentabilidade, pois há menos emissão de poluentes para o meio ambiente com menor queima de
combustível. Com a implementação da Ferrogão, teremos uma mitigação inicial de 50% dos
problemas ambientais na região provocados pelas chamadas espinhas de peixe, rodovias vicinais
transversais a BR, somado a redução do número de acidentes na via”, disse.

Além disso, Flávio também destacou os ganhos logísticos para o país com a implementação
da Ferrogrão. “Projetamos para 2023 que os portos do Arco Amazônico movimentarão 30% a mais do
que em 2022. A tendência é de crescimento contínuo. Hoje temos uma capacidade instalada de 58
milhões de toneladas e temos projeções de expansão de mais de 42 milhões de toneladas nos
próximos 15 anos. Somente a ferrovia poderá transportar essa demanda com custos competitivos,
promovendo geração de impostos, empregos e consequentemente a elevação da qualidade de vida e o
IDH da região”, explicou. As informações são da assessoria de imprensa da Amport.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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