Porto Alegre, 18 de janeiro de 2018 – Os três principais portos gaúchos
tiveram crescimento de movimentação no ano de 2017, quando comparado ao ano de
2016. Porto Alegre (1,34%), Rio Grande (7,8%) e Pelotas (223%) foram
impulsionados por projetos industriais gaúchos e pelas ações do Governo do
Estado em prol do sistema logístico.
O Porto do Rio Grande registrou a melhor marca de movimentação em mais de
100 anos de história pois, pela primeira vez, o complexo ultrapassou os 41
milhões de toneladas. Além disso, a Superintendência do Porto do Rio Grande,
autarquia com autoridade portuária sobre o sistema, teve um superávit de cerca
de R$34 milhões no ano passado.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17), na sede da Secretaria
dos Transportes, o titular da pasta, Pedro Westphalen, destacou a importância
da gestão eficiente do complexo portuário através do Governo do Estado e da
importância dos projetos da indústria gaúcha e de outros mercados como
registrados por exemplo, pela Celulose Rio Grandense e General Motors. “O Porto
do Rio Grande bateu recorde dos últimos 100 anos de história, sem dúvidas, o
melhor ano do complexo portuário. Isso só aconteceu por determinação e
competência de toda equipe SUPRG dirigida pelo superintendente Janir, junto as
ações conjuntas do governo Sartori, Secretaria dos Transportes e iniciativa
privada. Mesmo com os desafios que enfrentamos, a movimentação aumentou em
todos os portos ao longo de 2017. Em Pelotas, um porto que estava parado, hoje
aumentou sua movimentação em mais de 200% em relação ao ano passado.
Buscamos projetos de melhorias, bem como integração do sistema hidroportuário
gaúcho, o que facilita a competitividade dos nossos portos” disse
Westphalen.
O superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, detalhou a
movimentação do mercado: “ano passado a General Motors nos comunicou sobre o
aumento na produção de veículos, o que nos impactaria diretamente, no
embarque e desembarque de veículos. Em 2017 fechamos com 134% de aumento na
importação e exportação da mesma, nessa parceria público/ privado. A partir
de março, teremos um novo pátio para armazenagem, com capacidade de até 2
mil de veículos” afirmou. Entre todas as cargas, o complexo do Porto do Rio
Grande movimentou 41.196.486 toneladas, crescendo assim, 7,8% em relação ao
ano de 2016. Os Granéis Sólidos, segmento que inclui os grãos agrícolas,
tiveram crescimento de 9,1%, totalizando mais de 25,1 milhões de toneladas. Os
líquidos, representados pelo petróleo crú, por exemplo, somaram mais de 4,8
milhões de toneladas, crescimento de 6,3%. Por fim, a carga geral que envolve
os veículos rodantes, cargas de projeto, industrializados e containers,
ultrapassou 11,1 milhões de toneladas, um aumento de 5,4%.
“Houve uma diminuição no número de embarcações, mas aumento no volume
de cargas de mercadorias, isso é redução no custo de frete e ampliação da
competitividade. ” concluiu Branco. Os itens se enquadram dentro do segmento de
carga geral. A celulose, por sua vez, vigora como o principal produto desse
tipo movimentando mais de 2,1 milhões de toneladas. Já os veículos, em que
destaca-se a movimentação, entre outros, da Chevrolet, ultrapassaram as 43 mil
unidades, um crescimento de mais de 83% ante 2016. Por fim, na Carga Geral
outro destaque foi para o Gado Vivo que somou 85,3 mil cabeças, crescimento de
mais de 80% quando comparado ao ano anterior.
Nos grãos, soja é o produto agrícola que mais se destaca. Em 2017, o
complexo (óleo, farelo e grão) ultrapassou 15 milhões de toneladas, obtendo
um aumento de 20,6%. Apenas o grão foi responsável por movimentar mais de 12,6
milhões de toneladas, crescendo mais de 31%. Outro grão com destaque foi o
arroz (grãos e quebrados nos segmentos de Carga Geral e Granel Sólido) com
crescimento de 15,7% ultrapassando 1,5 milhão de toneladas. Por fim, o embarque
de trigo teve crescimento de 26,8% mas os desembarques tiveram queda de 43%,
resultando em 1,1 milhão, decréscimo de mais de 8% ante 2016. “Nosso
objetivo é investir na área hidroportuária, pois o transporte através das
nossas hidrovias é mais barato, menos poluente e diminui o custo logístico”
finalizou o secretário dos Transportes.
Sobre o Porto do Rio Grande ainda cabe salientar que foram 3067 viagens de
embarcações ao longo do ano. O Superporto, região em que estão localizados
os terminais privados, representou 83,9% de toda a movimentação. Já o Porto
Novo, cais público do complexo que passou boa parte do ano com berços de
atracação em obras, foi responsável por 14% da movimentação, ultrapassando
6 milhões de toneladas. Os containers chegaram a 743 mil TEUS, crescimento de
5% ante 2016. Por fim, a China foi o principal destino das mercadorias do Porto
do Rio Grande, absorvendo mais de 13 milhões de toneladas.
PELOTAS
Impulsionado pelo projeto da Celulose Riograndense em solo gaúcho, o Porto
de Pelotas teve um expressivo aumento em sua movimentação e passou de um
quase ostracismo para uma movimentação constante. Com crescimento de 223%, o
porto chegou a 899 mil toneladas. Somente as toras de madeira do projeto
mencionado representaram mais de 665 mil toneladas.
PORTO ALEGRE
A SUPRG desde abril de 2017 administra também o Porto de Porto Alegre e
vem buscando melhorias na navegação para dar condições de crescimento ao
porto da capital. Os componentes químicos base para fertilizantes foram os
principais movimentados juntamente com o trigo. O Porto de Porto Alegre
movimentou em 2017, 1.066.344 tonelada, crescimento de 1,34% ante 2016. Com
informações da assessoria de imprensa da Superintendência do Porto do Rio
Grande.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
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Atualizado em: 06/05/2025 09:25