Porto Alegre, 28 de junho de 2022 – Interessados em conhecer detalhes do
edital da Nova Ferroeste podem baixar o conteúdo completo do projeto,
disponível nos sites da Ferroeste e Nova Ferroeste. As sugestões e
contribuições a respeito das minutas podem ser enviadas até 15 de julho. Uma
nova rodada de encontros com empresas financiadoras, construtoras e operadoras
ferroviárias vai acontecer de 4 a 8 de julho.
As sugestões podem ser feitas a partir de um formulário disponível nos
dois sites, onde devem ser indicados os trechos a serem reavaliados. O projeto
engloba a construção de uma malha ferroviária de 1.567 quilômetros partindo
de Maracaju, cruzando o Mato Grosso do Sul, sentido ao Litoral do Paraná, até
acessar o Porto de Paranaguá. Há ainda dois ramais a partir de Cascavel: Foz
do Iguaçu e Chapecó (SC).
A futura estrada de ferro vai percorrer 66 municípios, 51 no Paraná, oito
no Mato Grosso do Sul e sete em Santa Catarina e já nasce como o segundo maior
corredor de exportação de grãos e proteína animal do país.
De acordo com o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique
Fagundes, esse diálogo é fundamental para o amadurecimento do projeto.
“Estamos abertos a novas ideias que possam vir da sociedade para melhorar o
nosso modelo”, afirmou.
O edital foi lançado para consulta pública pelo governador Carlos Massa
Ratinho Junior no último dia 21. No documento estão contidos o objeto do
leilão e as regras do futuro contrato que será levado à Bolsa de Valores,
previsto para o segundo semestre de 2022.
A Nova Ferroeste também promoverá um segundo encontro para apresentar as
atualizações do projeto com investidores. A primeira sondagem ocorreu em
dezembro do ano passado. Desta vez o foco será voltado às questões legais e
de financiamento. As reuniões vão contar com a presença de funcionários do
Plano de Parcerias e Investimentos (PPI), do Ministério da Economia. O PPI
auxilia tecnicamente os principais projetos estruturantes de importância
nacional.
Os encontros presenciais ou por videoconferência terão duração de uma
hora. Ao final, os participantes serão convidados a preencher um questionário
indicando as suas ideias e adequações. “Na primeira sondagem nos perguntavam
sobre o modelo jurídico, qual segurança jurídica, como será feito o
investimento. Agora, com a minuta do edital, todas essas respostas serão
validadas”, complementou Fagundes.
Ao final do prazo, todas as contribuições recebidas pelo site e na
sondagem de mercado vão passar por uma análise e podem ser incluídas no
edital. A publicação oficial do projeto só acontecerá num prazo mínimo de
30 dias úteis e se dará após a emissão da Licença Prévia Ambiental, ainda
em análise pelo órgão licenciador, o Ibama.
O investidor privado que arrematar a ferrovia será responsável pela
construção do projeto completo. Estão contidos no edital cinco contratos
firmados com Ministério da Infraestrutura: um de concessão e quatro de
autorização, que completam a ligação de todos os extremos da estrada de
ferro. O formato escolhido pelo Governo do Paraná foi a cessão onerosa desses
contratos, ou seja, eles são cedidos para o vencedor do leilão por 99 anos.
O documento prevê ainda um investimento total de R$ 35,8 bilhões, já
incluindo o trecho Cascavel/Chapecó, com obrigação de começar as obras pela
ligação entre Cascavel e Paranaguá (contrato de adesão). O investidor tem
sete anos para concluir a construção desta parte da ferrovia, a um custo
estimado de R$ 14,5 bilhões – o valor inclui o material rodante.
De acordo com o coordenador, os principais entraves são a Serra da
Esperança e a Serra do Mar. Com uma nova estrada, as cargas vão poder circular
com maior velocidade. Hoje um contêiner refrigerado leva cinco dias para
percorrer 590 quilômetros entre Cascavel e Paranaguá, e o Estudo de
Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental aponta queda para 20 horas com a
construção da Nova Ferroeste.
“Na nossa modelagem criamos condições para o investidor buscar a carga
no tempo e na direção que ele achar mais conveniente para a rentabilização
do projeto. A partir de Cascavel, Maracaju, Foz do Iguaçu e Chapecó vai
acontecer no tempo que o mercado definir através das demandas e do movimento do
setor produtivo e da capacidade de financiar a obra do investidor”, arrematou
Fagundes. Com informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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