Agronegócio

Maggi anuncia políticas no ministério

15 de junho de 2016
Compartilhe

Em sua primeira entrevista coletiva ao regressar da viagem à China, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, fez um balanço da visita ao maior parceiro comercial do Brasil e também de Mato Grosso e pontuou questões importantes em relação ao agronegócio mato-grossense. Além disso, o ministro anunciou ainda parte da sua política à frente do Ministério, cargo que ocupa há pouco mais de um mês, inclusive o que será feito em relação à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Eu não quero construir nenhum armazém pela Conab, o Estado é um péssimo gestor e não tem condições. Simplesmente tem de transferir para a iniciativa privada fazer isso e todos os armazéns que estiverem por aí, velhos e sucateados, eu quero trabalhar para que a gente possa vender todo esse patrimônio que a Conab ainda tem”, disse durante a coletiva.

Maggi explicou ainda que o dinheiro angariado, caso consiga levar adiante essa proposta, será revertido para um fundo de apoio para as próprias atividades do ministério. “Algumas atividades não têm orçamento, a exemplo dos fundos da Soja e do Algodão, como implantamos aqui em Mato Grosso. Fundos como esses lá no ministério facilitariam em muito a condução de muitos projetos e trabalhos em prol do agro nacional”.

Ainda em relação à Conab, Maggi declarou que novos leilões de milho estão sendo organizados, assim como a alteração do preço mínimo. “O Brasil há cinco anos se tornou um grande produtor mundial. Em 2015 se produziu menos e se vendeu bastante. Já leiloamos 166 mil toneladas e virão outros leilões, mas acredito que com as colheitas de Mato Grosso e do Paraná em curso a pressão pelo cereal cairá. Bem como a pressão sobre os preços irão dar trégua como estão dando. A saca no Paraná, por exemplo, passou de R$ 54 para R$ 44/43 atualmente nas últimas semanas”, argumentou.

Questionado sobre a alta do feijão, o ministro explicou que o mercado ainda oscila bastante no Brasil: quando se tem uma safra muito boa, o produtor não tem remuneração, e isso o leva a reduzir a oferta no ciclo seguinte. “Poucos mercados têm esse tipo de cultura e pouco se pode fazer estoques reguladores. É um ‘mercado da mão para boca’, não há muito o que fazer, pois em quatro ou cinco meses o feijão começa a perder as suas características e ninguém gosta de feijão velho. Acredito que em pouco tempo logo em Mato Grosso tem início a colheita da safrinha e acredito que a pressão também deverá cessar, e em breve o mercado se autorregulará”.

NOVOS MERCADOS – O ministro lembrou que o Brasil exporta atualmente para mais de 180 países e que hoje a China é o maior consumidor das commodities agrícolas. Dos US$ 6,89 bilhões faturados pela pauta mato-grossense até maio, US$ 2,55 bilhões vieram de negociações com os chineses, que permanecem sendo os maiores parceiros comerciais do Estado. Com esse volume de negócios, a China participa com 33,99% do total da receita. O consumo realizado pelo país até o momento é 41,16% maior do que o contabilizado em igual momento de 2015.

Diante desse número, Maggi ressalta como aquele mercado é importante e é fundamental entender o porquê das exigências fitossanitárias exigidas, no caso de frutas, grãos e carnes. “As exigências fitossanitárias são muitas e sem estar à frente do ministério, como estou agora, a gente não consegue entender o porquê disso tudo muito bem. É no comercio exterior onde o Brasil faz boa parte de seu PIB e da sua balança comercial. Exportar não é só produzir”, afirmou.

O ministro destacou ainda que participou de oito reuniões bilaterais e que deixou claro que o país está pronto para produzir. “É o único setor da economia que pode responder de imediato à crise econômica. Mas não estamos apegados e atrelados a um único mercado, por mais que ele seja a China. Atuamos em busca de novos mercados, não podemos ficar na mão de apenas um mercado. Em agosto e setembro estamos tentando marcar encontro na Coreia do Sul, Myanmar e Vietnã, junto aos países do sudoeste asiático, com grande potencial de consumo”.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria