O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), publicou no último dia 26 a 5ª edição do periódico “Projeções do Agronegócio – Brasil 2013/2014 a 2023/2024 – Projeções de Longo Prazo”. O objetivo é indicar possíveis direções do desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas quanto às tendências dos principais produtos agropecuários.
Realizado por especialistas do Mapa e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o relatório contém as projeções de 26 produtos: milho, soja, trigo, laranja, suco de laranja, carne de frango, carne bovina, carne suína, cana-de-açúcar, açúcar, algodão, farelo de soja, óleo de soja, leite in natura, feijão, arroz, batata inglesa, mandioca, fumo, café, cacau, uva, maçã, banana, papel e celulose. Destes, os produtos que mais têm potencial de crescimento da produção nos próximos anos são: algodão pluma, carne de frango, celulose, leite, açúcar, soja grão, carne suína e trigo.
Resultados
Segundo as projeções, a produção de grãos deverá passar de 193,6 milhões de toneladas em 2013/2014 para 252,4 milhões de toneladas em 2024, o que representa um acréscimo de 58,8 milhões de toneladas à produção atual do Brasil. “Isso exigirá um esforço de crescimento que deve consistir em infraestrutura, investimento em pesquisa e financiamento”, disse o coordenador de Planejamento Estratégico do MAPA, José Gasques.
Para as carnes bovina, suína e de aves, o estudo estima que a produção deverá aumentar, em 2023/2024, em 7,9 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 30,3% em relação à produção de carnes de 2013/2014. De acordo com a AGE, entre as três carnes, a produção de carne de frango deverá ter o maior crescimento, (35,7%). Em segundo lugar estará a carne suína, com um crescimento de 31,7% na produção e, por último a carne bovina, com estimativa de crescimento de 22,8% em 2023/2024.
Com relação à área total plantada com lavouras, a estimativa realizada até 2023/2024 é de que ela passe de 70,2 milhões de hectares em 2014 para 82,0 milhões em 2024, representando um acréscimo de 11,8 milhões de hectares.
Esta expansão está concentrada em soja, mais 10,3 milhões de hectares, e na cana-de-açúcar mais 2,3 milhões. Algumas lavouras devem perder área, mas essa redução deve ser compensada pelos ganhos de produtividade.
O acréscimo da produção agrícola no Brasil devem continuar acontecendo com base nos ganhos de produtividade das lavouras e da pecuária.
Os resultados das projeções regionais mostram que Mato Grosso deve continuar liderando a expansão da produção de milho e soja no País, com aumentos previstos de 62,2% e 40,9%, respectivamente. No caso do milho, esse aumento deve ocorrer pela expansão da produção de segunda safra.
O chefe em exercício da Assessoria de Gestão Estratégica, Renato de Oliveira Brito, atenta para o importante papel que o Ministério desempenha para a sociedade ao lançar periodicamente as projeções, uma vez que a identificação das tendências e o compartilhamento das informações nelas contidas permite maior organização, estruturação e oportunidade para o setor e para o País.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50