MÁQUINAS: Para Abimaq, dólar a R$ 3,46 agrada, mas ideal seria R$ 3,70

Porto Alegre, 24 de abril de 2018 – O atual nível do câmbio, ao redor de
R$ 3,46 em relação ao real, agrada a indústria de máquinas e equipamentos,
diz o diretor de competitividade da Associação Brasileira de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini.

Segundo o executivo, a alta do dólar não é nenhuma “tragédia”. “Pelo
contrário. A indústria de transformação agradece que ele atinja os maiores
níveis desde o fim de 2016. Isso aquece o mercado doméstico e é fundamental
para os produtos, que são precificados seguindo o mercado internacional. É
importante tanto para as importações quanto para as exportações”, diz
Bernardini.

Segundo o diretor da Abimaq, não existe cotação ideal para o dólar
frente ao real. Porém, “a indústria estaria mais competitiva se estivesse
sendo negociado entre R$ 3,70 e R$ 3,80”, destaca. “O câmbio aumenta o nosso
mercado, que fica competitivo aqui e lá fora, aumenta a margem de lucro e a
capacidade de investimentos”, ressalta.

O presidente da Abimaq, João Marchesan, diz que a entidade elaborou
propostas, por meio de documento, para os candidatos à presidência da
República. Até o momento, o documento só foi entregue ao pré-candidato pelo
PSDB, Geraldo Alckmin, “e temos algumas reuniões marcadas. Entre elas, com o
João Amoêdo [pré-candidato pelo Partido Novo] e sua a equipe econômica da
campanha”, informa Marchesan.

Entre as propostas, “tem uma para o Banco Central. Que ele passe a
oferecer operações de proteção [hedge] para as empresas endividas em dólar.
Porém, a custo baixo via bancos ou outras plataformas. Seria uma garantia de
que essas empresas não aumentariam ainda mais os prejuízos num momento de
desvalorização cambial”, explica o diretor de competitividade. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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