A comercialização de milho no mercado à vista não ganhou ritmo até agora, mas os preços tampouco estão cedendo – mesmo com uma oferta menor. De acordo com o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco, diversos fatores influenciam para essa estagnação.
“A colheita da safrinha é incipiente em boa parte das regiões produtoras. Os vendedores continuam concentrados no cumprimento de contratos antigos e podem adiar a negociação. Os preços oferecidos por compradores, menores do que os de semanas atrás, é outro fator que desestimula o produtor a realizar acordos. Sem esquecer as discussões em torno do tabelamento do frete, ainda sem conclusão”, alista.
Mesmo com a oferta restrita, o recuo das cotações está sendo relativamente contido. Em algumas praças o preço cedeu pouco, em outras permanece estável. Hoje, o valor à vista em reais do indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa fechou R$ 36,21 a saca de 60 quilos (- 1,55% no dia e -2,06% no mês de julho). O indicador Cepea de Campinas ficou em R$ 35,64, queda de 0,53% no dia e 2,22% no mês.
Praças – Em algumas praças do Rio Grande do Sul, compradores têm evitado trazer milho de outros Estados porque, para isso, teriam de pagar valor mais alto pelo transporte do produto, segundo a tabela de fretes. No Mato Grosso os produtores estão empenhados na colheita e não querem vender agora.
Em São Paulo, a indefinição permanece e compradores estão desinteressados, se limitando a receber os lotes de entrega futura do início da safra. Os estoques são confortáveis e o avanço da colheita, favorecida pelo clima seco, garante o posicionamento destes. Na outra ponta, vendedores se apoiam na demanda externa.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30