MERCADO EUROPA: Ações fecham em queda diante de preocupações sobre economia global

Porto Alegre, 18 de agosto de 2023 – Os principais índices do mercado de ações europeu
fecharam o pregão desta sexta-feira em queda, refletindo o clima global de cautela que tem afetado
os investidores nos últimos dias. As incertezas em torno das taxas de juros e as crescentes
preocupações relacionadas à economia da China foram os principais catalisadores para essa
tendência negativa.

A divulgação da ata da reunião de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), na quarta-feira passada, causou uma agitação nos mercados. A revelação de que
aumentos nas taxas de juros não estão descartados abalou a confiança dos investidores, levando a
um aumento nos rendimentos dos Títulos do Tesouro de 10 anos dos Estados Unidos.

Paralelamente, a Ásia tem enfrentado preocupações persistentes relacionadas à saúde da
economia chinesa. A gigante imobiliária chinesa Evergrande, que enfrenta desafios financeiros
significativos, entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos, buscando proteção contra
seus credores enquanto passa por um processo de reestruturação.

No cenário europeu, os investidores também estão reagindo aos últimos dados econômicos. As
vendas no varejo no Reino Unido sofreram uma queda de 1,2% em julho em comparação com o mês
anterior, e uma redução de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses números
ficaram abaixo das projeções dos economistas e representam um declínio acentuado em comparação
com o modesto avanço de 0,5% registrado em junho.

“O que é prejudicial para os consumidores pode ser uma notícia bem-vinda para o Banco da
Inglaterra, cuja batalha contra a inflação não tem sido tão bem-sucedida. O Banco da Inglaterra
aumentou as taxas de juros para 5,25% com o objetivo de conter a inflação, porém um mercado de
trabalho restrito e um forte gasto do consumidor têm contribuído para uma alta inflação, que
está atualmente em 6,8%. Se as fissuras que vimos nesta semana no mercado de trabalho e no gasto do
consumidor persistirem, isso poderia significar que o Banco da Inglaterra finalmente virou a esquina
em sua persistente luta para trazer a inflação mais próxima da meta de 2%”, diz o analista de
mercado da Oanda, Kenny Fisher.

Enquanto isso, dados divulgados pela Eurostat revelaram que a inflação na zona do euro
continuou a desacelerar em julho, mesmo as pressões subjacentes de preços atingindo um pico. Esse
resultado traz certo alívio quanto à pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para futuros
aumentos nas taxas de juros.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus no fechamento:

FTSE-100 (Londres): -0,65%, 7.262,43 pontos
DAX-30 (Frankfurt): -0,58%, 15.579,84 pontos
CAC-40 (Paris): -0,38%, 7.164,11 pontos
FTSE MIB (Milão): -0,42%, 27.762 pontos
IBEX-35 (Madri): -0,16%, 9.262,10 pontos
SMI-20 (Zurique): -0,42%, 10.839,06 pontos
PSI-20 (Lisboa): +0,07%, 5.984,98 pontos

Confira abaixo a variação dos índices na semana:

FTSE-100 (Londres): -3,48%
DAX-30 (Frankfurt): -1,58%
CAC-40 (Paris): -2,40%
FTSE MIB (Milão): -1,81%
IBEX-35 (Madri): -1,84%
SMI-20 (Zurique): -2,19%
PSI-20 (Lisboa): -1,01%

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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