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MILHO: Agroindústrias de SC querem importar dos Estados Unidos e Argentina

28 de março de 2018
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Porto Alegre, 28 de março de 2018 – Com uma demanda cada vez maior e a
previsão de redução na safra brasileira de milho, lideranças do agronegócio
catarinenses pensam em alternativas para o abastecimento do grão e a
manutenção da competitividade das agroindústrias instaladas no Sul do país.

A intenção das agroindústrias é buscar o grão diretamente do maior
produtor mundial de milho: os Estados Unidos. Boa parte da carga viria direto
para Santa Catarina – grande produtor de carnes e grande importador de milho.
O assunto foi tratado nesta segunda-feira (26) por representantes do Governo do
Estado, dos produtores rurais e da iniciativa privada durante reunião na FIESC.

Este ano, a previsão é de que Santa Catarina importe cerca de quatro
milhões de toneladas de milho de outros estados e do exterior para abastecer o
setor produtivo de carnes. Com a redução da safra brasileira e a alta nos
preços do insumo, uma das soluções apontadas pelos representantes das
agroindústrias é a importação de milho proveniente dos Estados Unidos –
principalmente em períodos de desabastecimento.

Hoje, a compra do grão já é permitida, porém com restrições
burocráticas que acabam dificultando a entrada do carregamento no Brasil. A
proposta da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que essas
condições sejam revistas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).

O milho americano chegaria em Santa Catarina com um preço mais competitivo
para as agroindústrias, em um valor inferior ao praticado no Brasil. A
importação de milho de outros países já é uma realidade no estado. O setor
produtivo de carnes espera para os próximos dias a chegada de dois navios,
vindos da Argentina, com 60 mil toneladas de milho.

A entrada do grão importado deve influenciar nos preços da saca de milho
no estado, ainda mais com a queda nas exportações da safra brasileira de
milho. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica
que os preços do milho em outros países estão mais atrativos, diminuindo as
compras internacionais da safra brasileira. Ou seja, aumenta a oferta de milho
dentro do país e o preço volta a um equilíbrio.

Milho em Santa Catarina

O milho é o principal ingrediente das rações que alimentam suínos e
aves em mais de 18 mil granjas em Santa Catarina. E a alta nos preços do grão
influenciam diretamente a competitividade das agroindústrias instaladas no
estado. Esta semana, em Chapecó, as indústrias estão pagando em média R$ 40
pela saca de milho – R$ 10 a mais do que em janeiro.

“A cadeia produtiva de carnes brasileira está muito bem estruturada, mas
possui um elo solto, que é o fornecimento de milho. Hoje, nós estamos numa
gangorra onde um ano ganha a indústria de carnes e outro ano ganha o produtor
de milho e precisamos de mecanismos para equilibrar o preço”, destaca o
secretário Airton Spies.

O cenário da produção de milho no país é complexo e itens como o
crescimento das exportações brasileiras de grãos, principalmente via portos
do Arco Norte, o milho destinado à fabricação de etanol e a perda de área
plantada na safra de verão também têm influência no preço do insumo.

Os preços costumam interferir também na próxima safra de milho.
Normalmente, em anos em que o preço é baixo, como foi 2017, os produtores
acabam não investindo na produção de milho e buscando culturas mais
rentáveis – o que diminui a oferta do grão no país. Em Santa Catarina, as
lavouras de milho encontram dois fortes concorrentes: a soja e o milho silagem
(utilizado na alimentação de bovinos de leite). “A produção de milho varia
muito em Santa Catarina por causa do clima, que interfere diretamente no
andamento da safra, e das expectativas de preço. Para reduzir a volatilidade
dos preços de milho é fundamental pensarmos na compra antecipada e em aumentar
a capacidade de armazenagem do grão”, ressalta Spies.

Uma alternativa para Santa Catarina é investir em culturas alternativas
para alimentação animal, como, por exemplo, o trigo e a cevada, muito
utilizado para ração animal em outros países.

Safra de Milho 2017/18

As lavouras catarinenses devem produzir 2,4 milhões de toneladas de milho
em 2018 – 20,4% a menos do que na última safra. A área plantada para o milho
grão será de 310 mil hectares. Com informações da assessoria de imprensa da
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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