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MILHO: Agronegócio de SC busca alternativas para aliviar crise – Faesc

26 de fevereiro de 2016
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Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016 – O agronegócio catarinense articula
várias iniciativas para reverter o quadro do superencarecimento de milho que
afeta as maiores cadeias produtivas e ameaça causar pesados e irreversíveis
prejuízos à avicultura e à suinocultura industrial. Os preços do milho
atingiram em meados de janeiro uma máxima nominal histórica, aquecidos por
fortes exportações, alta do dólar e reduzida safra das águas e, desde
então, não recuaram. Entretanto, novos fatos podem amenizar os efeitos da
crise, na avaliação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC
(FAESC).

Há previsão de que o preço do milho recue no mercado interno,
expectativa baseada em vários fatores. Os portos brasileiros suspenderão em
março o carregamento do milho para embarcar a safra da soja com destino aos
diversos mercados mundiais, tradicionais compradores desse grão brasileiro.
Essa operação deve se manter até setembro ou outubro. Por outro lado, a
partir de junho começa a ser colhida a safrinha de milho, estimada entre 65
milhões e 70 milhões de toneladas.

“Esses dois fatos conjugados significam mais milho para venda e consumo
no mercado interno com pressão de venda dos agricultores que desejarão
aproveitar o aquecimento do mercado”, prevê o presidente da FAESC José
Zeferino Pedrozo.

Paralelamente a essa mudança de cenário, em Santa Catarina, o governo
estadual trabalha para trazer de trem o milho do centro-oeste brasileiro
através das ferrovias Ferroeste e América Latina Logística. A ideia é
embarcar o cereal em Moto Grosso e Mato Grosso do Sul e trazê-lo até Mafra
(SC) e Lages (SC). Essa operação produziria uma expressiva redução de custos
de R$ 7 reais por saca, mas exigirá a instalação de entrepostos e armazéns
no planalto norte e na serra.

Na mesma direção, as agroindústrias planejam trazer milho do norte pelo
transporte de cabotagem, o que também reduziria o custo.

Pedrozo assinala que, no plano internacional, a expectativa de que a China
despeje no mercado grandes volumes de milho de seus estoques e a aproximação
do início do plantio da nova safra americana tendem a reforçar o cenário de
oferta abundante e, assim, frear a reação altista das cotações do grão na
bolsa de Chicago, principalmente se não houver nenhum sobressalto climático.

A conjugação dessas possibilidades aliviará a crise para as
agroindústrias, mas os efeitos mais positivos somente serão sentidos no
segundo semestre. A avaliação da FAESC é corroborada pelas entidades do
agronegócio Organização das Cooperativas do Estado de SC (OCESC),
Coopercentral Aurora Alimentos, Sindicato das Indústrias da Carne (SINDICARNE)
e Associação Catarinense de Avicultura (ACAV).

QUADRO CATARINENSE

A raiz da crise localiza-se nas rápidas e imprevisíveis mudanças do
mercado que fizeram o preço do milho saltar de R$ 27 reais a saca em outubro
para entre R$ 43 e R$ 47 reais em janeiro e fevereiro, marcado por forte e
persistente viés de alta.

À rigor, nesse momento, não há escassez nem excesso de milho no mercado,
mas a opção pela exportação drenou 30 milhões de toneladas do mercado
doméstico para o mercado internacional. Dessa forma, os criadores de aves e
suínos e as indústrias pagam, desde o ano passado, o valor correspondente à
cotação internacional para comprar milho destinado a sua transformação em
carne.

Essa situação afeta todo o País, porém, é mais grave em Santa Catarina
que está longe de obter autossuficiência em milho. O Estado é o maior
comprador de milho dentro do Brasil. Santa Catarina possui o mais avançado
parque agroindustrial do País, representado pelas avançadas cadeias produtivas
da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza
econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano,
sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais
em movimento econômico. Com informações da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
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