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MILHO: Aprosoja/MS e Banco do Brasil negociam ampliação de linha de crédito

16 de maio de 2016
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Porto Alegre, 16 de maio de 2016 – Um dos maiores desafios enfrentados pelo
agricultor é o financiamento da produção. Todo empreendedor rural precisa de
recursos para custear os investimentos realizados ao longo do cultivo.
Atualmente, existem cinco modalidades de financiamento de safra, entre elas, a
utilização de recursos livres, que é uma linha especial de crédito oferecida
pelos bancos, em especial pelo Banco do Brasil, aos produtores que já
utilizaram o valor máximo em linhas com juros subsidiados.

Pensando em estimular a utilização dessa modalidade, a Aprosoja/MS e o
Banco do Brasil, em Mato Grosso do Sul, negociam projeto de ampliação de
oferta desses recursos.

Gastos

Em 2016, o custo de produção do milho safrinha transgênico Bt+RR foi
calculado em R$ 2.103,52 por hectare, alta de 23,38% frente aos R$ 1.705
necessários na safrinha do milho de 2015. Os números, além de representarem
encarecimento ao bolso do produtor, apontam para a necessidade de
flexibilização de linhas de crédito.

“O que estamos buscando com o Banco do Brasil são alternativas de apoio
ao produtor na gestão de seus negócios através de linha de crédito
complementar, com agilidade”, afirmou Christiano Bortolotto, presidente da
Aprosoja/MS.

Modalidades

Parte do custeio necessário para investir na compra de insumos, de
defensivos agrícolas, sementes e até mesmo maquinário, por exemplo, podem ser
retirados diretamente do bolso do produtor com a utilização de recursos
próprios, ou seja, o saldo positivo que ele tem em conta.

Também existe a modalidade de troca de insumos, que é uma forma de venda
antecipada. Nesse caso, o agricultor adquire produtos que só serão pagos ao
final da safra, com soja de sua produção.

Nessas modalidades, o produtor abre mão do poder de decisão quanto ao
melhor momento da venda, pois os vencimentos em geral são para o fim do
período de colheita, época em que tradicionalmente o produto tem seu preço
reduzido em função do aumento da oferta. Em relação à trava de preços do
produto, o produtor pode perder a oportunidade de lucrar com uma eventual alta
de preços.

Uma opção parecida com essa é o financiamento por meio de trading. A
empresa entrega o produto ao agricultor, como defensivo ou adubo, mas só recebe
o pagamento pela venda, em dinheiro, após a colheita.

Recursos livres

Neste sentido, o custeio com recursos livres se apresenta como uma
excelente solução de crédito para o produtor custear sua safra, com custos
semelhantes às outras alternativas citadas, mas com um grande diferencial, pois
permite maior flexibilidade de tempo e poder de escolha ao produtor, de quando
e como comercializar sua produção.

Como primeira alternativa, além das opções acima expostas, o produtor
pode custear suas despesas com o plantio, manejo e colheita da safra por meio de
recursos controlados, lastreados pelo Plano Safra, programa que utiliza verbas
federais para financiar a agropecuária nacional com juros de 8,75% ao ano.
Nesse financiamento, há limite pré-determinado para cada agricultor, cujo teto
é de R$ 1,2 milhão.

Em muitas situações, no entanto, o empreendedor precisa de mais dinheiro
para custear a lavoura. Nesse caso, ele pode recorrer aos recursos livres, a
linha de crédito que os bancos disponibilizam aos produtores que já utilizaram
o limite de R$ 1,2 milhão de recursos controlados.

Mais recursos

Para o superintendente do Banco do Brasil de Mato Grosso do Sul, Evaldo
Emiliano de Souza, essa parceria com produtores rurais é muito importante.
“Em Mato Grosso do Sul temos uma das menores taxas de inadimplência do País,
em torno de apenas 1%. Assim, a adimplência do produtor sul-mato-grossense é
revertida de forma positiva em benefícios nas negociações com o banco”,
conclui o superintendente. Com informações da assessoria de imprensa da
Aprosoja/MS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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