Porto Alegre, 11 de março de 2016 – A Associação dos Produtores de Soja
e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) produziu nesta semana Informe Técnico,
número 112/2016, sobre o controle químico de doenças fúngicas no milho. A
orientação, realizada pela Diretoria Técnica, atende demanda dos próprios
produtores rurais, via Comissão de Defesa Agrícola, que desejavam entender
melhor o efeito dos fungicidas para cada tipo de fungo em suas lavouras.
“O foco principal deste Informe é o controle químico, já que o
produtor quer saber o que aplicar, quando e em que dosagem. Alguns grupos de
fungicidas tem especificidade de controle, outros têm amplo aspecto de ação.
Entramos em contato com a Embrapa Milho e Sorgo para que fossem validadas as
informações contidas e ali estão elencadas as que funcionam para cada tipo ou
grupo de doença, além de todos os registros autorizados para o milho
presentes no mercado. Sabemos que doenças fúngicas no milho não são uma
problemática unânime, nem todos têm problemas, ainda assim, elas precisam ser
identificadas e realizado o manejo específico”, explica o analista de Defesa
Agrícola, Eduardo Vaz.
Atualmente, de acordo com dados do primeiro Circuito Tecnológico – Etapa
Milho, realizado em 2014, a incidência, de fato, não é alta. De 119
propriedades rurais visitadas, 61 não sinalizaram problemas com a ocorrência
de doenças, o que corresponde a 51,2% do total.
“No entanto, mesmo os que relataram que não têm problemas com doenças,
46% deste total fazem pelo menos uma aplicação de fungicida, de maneira
preventiva. Sabemos que na cultura do milho, é raro a realização de MID
(Manejo Integrado de Doenças), mas ao menos hoje em dia é comum que os
produtores realizem em média duas aplicações. Há três safras isso não era
comum. A realidade vem mudando”, diz Vaz.
O analista ressalta, ainda, que o controle químico é apenas um dos
aspectos que o produtor deve levar em consideração para a tomada de decisão.
“Neste informe, por ser direcionado ao controle químico, vale ressaltar que a
escolha de híbridos resistentes e um bom manejo de solo das culturas
antecessoras irão reduzir sobremaneira a necessidade de intervenção
química”, alerta. Com informações da assessoria de imprensa da Aprosoja.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50