Porto Alegre, 7 de outubro de 2016 – A Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio) aprovou ontem (06) a liberação da importação de
três variedades de milho transgênico dos Estados Unidos. A medida atende a um
dos pleitos da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) defendido
na audiência pública ocorrida no último dia 04, na Câmara dos Deputados em
Brasília, e será um importante aporte para que os suinocultores consigam
reduzir seus custos de produção. A liberação do milho era uma das medidas
mais aguardadas pelo setor.
Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, essa é uma decisão importante
para que os produtores possam ter uma maior oferta no mercado interno e consigam
regularizar o preço desse grão. “O milho é um dos insumos mais importantes
para a suinocultura uma vez que responde por 50% da produção de suínos.
Sabemos que o produtor vem amargando prejuízos desde janeiro, principalmente
pelo alto custo do grão, e agora esperamos que com essa medida o produtor possa
sair do prejuízo e começar a estruturar sua produção para entrar em 2017
mais animado para voltar a ter lucratividade na atividade”.
Desde o primeiro semestre deste ano, quando o país deu início a uma
exportação recorde de milho – provocada pela desvalorização do real frente
ao dólar – houve uma forte redução da oferta do grão no mercado interno e
disparada dos preços, prejudicando a cadeia produtiva de suínos, que tem no
milho uma das suas principais fontes de alimentação. Por outro lado, a forte
seca ocorrida no Centro Oeste, que ocasionou a quebra na produção brasileira e
mais de 13 milhões de toneladas, corroborou para que o preço do milho se
mantivesse em um patamar incompatível com a sustentabilidade da produção de
suínos no país.
Diante disso, a ABCS junto a outras instituições ligadas ao setor
iniciaram um forte movimento na busca por soluções que possam auxiliar os
produtores a superar uma das maiores crises já registradas no setor, com
prejuízos que já chegam à casa dos R$ 2,4 bilhões. Entre os pleitos
defendidos pela entidade estão a suspensão dos vencimentos dos custeios e
investimentos pecuários para suínos; a abertura de linha de crédito
emergencial para recomposição do capital de giro; a recomposição dos
estoques públicos de grãos; a aprovação do projeto de lei N 5449/2016, que
prevê a subvenção econômica a produtores; a inclusão de uma linha de
crédito específica para retenção de matrizes no Plano Agrícola Pecuário; e
a disponibilidade de linhas de crédito para modernização da atividade.
Para Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos
do Rio Grande do Sul (Acsurs) e conselheiro e de relações com o mercado da
ABCS, a liberação do milho dos Estados Unidos traz um fôlego para o mercado
de suínos brasileiro. “Com certeza essa medida deixa nossa suinocultura com
uma alimentação mais competitiva e quem sabe, a médio e longo prazo,
consigamos cobrir o custo de produção. Espero que através desse movimento
possamos sensibilizar os órgãos que tem poder e competência para atuar nas
nossas demandas e que outras reivindicações também sejam atendidas a fim de
minimizar o efeito dessa crise e mantermos nossa atividade economicamente
viável”.
A decisão será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias,
no qual constará todas as informações referentes ao processo de liberação
do milho transgênico dos Estados Unidos. As informações parem da assessoria
de imprensa da ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 06/05/2025 09:25