MILHO: Aumento nas cotações é puxado por seca na Argentina, avalia Itaú BBA

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2023 – As cotações do milho voltaram a ganhar força ao longo
do mês de dezembro em Chicago. A cotação do grão em Chicago, no contrato com vencimento em
março de 2023, fechou a quinta feira (12) com aumento de 3,2% frente ao início de dezembro, cotado
a US$ 6,7 por bushel.

O mercado foi influenciado, principalmente, pelos danos nas lavouras da Argentina e do Sul do
Brasil ocasionados pela falta de chuva. Na Argentina, na região de Córdoba, província que possui
40% do total de milho semeado no país, mais de um terço das lavouras estão classificadas como
estado entre regular e ruim.

Além disso, durante o mês de dezembro houve ataques russos à rede de energia da Ucrânia, o
que diminuiu o ritmo de embarque dos grãos, causando preocupações ao mercado, devido à
importância do país como um dos quatro maiores exportadores de milho.

No Brasil, no entanto, as cotações perderam força. No mercado spot, o indicador do
Cepea/Esalq para a praça de Sorriso-MT apresentou redução de 0,2% e foi negociado na 5a feira
(12), a R$ 66,40 por saca. Na B3, o contrato com vencimento em janeiro de 2023 apresentou
desvalorização de 1%, cotado a R$ 87,50 por saca, na mesma data.

Em relação às exportações, em dezembro o Brasil embarcou 6,4 milhões de toneladas, volume
88% superior a dezembro de 2021. No acumulado do ano as vendas internacionais somaram um valor
recorde de 43,4 milhões de toneladas, alta de 113% sobre 2021, impulsionado pela diminuição da
disponibilidade do cereal na região do Mar Negro e pela abertura das negociações coma China. As
informações são do Boletim Agro Mensal do Itaú BBA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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